O brasileiro de origem libanesa, Kassem Mohamad Hijazi,foi extraditado nesta sexta-feira (8), para os EUA, após pedidos da justiça americana. Ele foi preso no dia 24 de agosto de 2021. Kassem é acusado de lavagem de dinheiro do crime organizado.
Conforme o site Ligado na Notícia, a prisão aconteceu em Ciudad del Este, no departamento de Alto Paraná, em uma operação da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas). O brasileiro já era procurado pela Justiça e havia recebido um pedido de extradição do doleiro.
Logo que foi capturado, o juiz de Crimes Econômicos, José Agustín Delmás, que já havia autorizado a extradição, recuou e preferiu aguar o trâmite da sentença.
Segundo informações do Última Hora, despacho de 12 de abril de 2022, foi admitido o pedido do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul de Nova York, que exigia a extradição por duas acusações, lavagem de dinheiro, outra por operar negócio de transmissão monetária sem licença e duas acusações de crimes internacionais lavagem de dinheiro.
Na fundamentação apresentada pela Justiça americana, em dezembro de 2019 em Nova York e em outros lugares, Hijazi se envolveu em atividades ilegais para ocultar os lucros das organizações criminosas que atuam com tráfico internacional de drogas. Ele fez o mesmo entre outubro e dezembro de 2020, com um negócio de transações monetárias. Por fim, conta que, no mesmo período, fez transferências dos Estados Unidos para outro país, sem a licença necessária.
Acusações
Segundo informações da Senad, em 2004, Kassem Mohamad Hijazi, e seu irmão Chadi Mohamad Hijazi, foram investigados pela justiça paraguaia pelos atos de evasão fiscal, lavagem de dinheiro e remessa ilegal de moeda.
Em 8 de março do mesmo ano, a dupla foi autuada pela Unidade Econômica e Anticorrupção de Ciudad del Este no Processo nº 2979/04. Durante o processo, foram encontrados cadernos e livros de contabilidade de uso ilegal e clandestino, nos quais foram registrados dados sobre estabelecimentos comerciais, quantias em dinheiro, códigos de identificação e transações financeiras.
Esses cadernos, conforme as autoridades paraguaias, continham informações sobre as comissões que Kassem recebia por essas transações financeiras e os valores transferidos para o exterior.
Ele operava com seis casas localizadas em Ciudad del Este, que eram utilizadas para realizar transferências ilícitas de dinheiro pertencente a particulares e estabelecimentos comerciais que contratam seus serviços, estima-se que através desta modalidade milhões de dólares são exportados para o exterior.