O agiota José Roberto de Souza, de 50 anos, morto e queimado no último sábado (14) em uma estrada vicinal na região do Portal Caiobá, em Campo Grande, não tinha problemas pessoais e tampouco vinha recebendo ameaças de possíveis 'clientes', pelo menos é o que vem apontando as primeiras investigações da Polícia Civil.
Por ter um tratamento considerado mais simples e menos contundente como em outras ocasiões de cobradores, a vítima não tinha inimizades e era uma pessoa tranquila, como relatou os familiares, ouvidos pela 6° Delegacia de Polícia Civil.
O delegado responsável pelo caso, João Reis Belo, explicou para a reportagem que José Roberto emprestava dinheiro a juros, mas não tinha tanto dinheiro na praça, trabalhava com empréstimos, mas ainda é muito cedo para dizer que a morte tem ligação com a agiotagem.
Sobre o crime, a polícia segue investigando o caso e a falta de câmeras de segurança e testemunhas dificultam possíveis avanços na tentativa de elucidação do crime.
Em relação às condutas usadas pelo agiota, o delegado afirmou que ele usava métodos menos radicais e "não era uma pessoa violenta", tanto que a esposa da vítima, em depoimento, relatou que já presenciou o marido negociando uma dívida e entendendo a situação.
As equipes da delegacia seguem apurando e fazendo levantamentos, tentando resgatar os últimos passos e até conversas com outras pessoas para conseguir entender a motivação de sua morte.
Carbonizado
Segundo informações repassadas pela Polícia Militar, o corpo tinha marcas de perfurações no rosto e no tórax.
O curioso é que o fogo foi ateado no mato e, depois disso, é que testemunhas que passavam pela estrada visualizaram o corpo caído.
Uma moto foi encontrada e possivelmente é da vítima. Um capacete ensanguentado também foi achado nas proximidades.