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Polícia

08/05/2019 16:16

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Cadela 'testemunha' em julgamento por abusos a animais

O acusado admitiu ter jogado a pitbull em uma caçamba de lixo, mas alegou que ela estava morta

Uma juíza da Espanha determinou, em uma decisão inusitada, que uma cadela fosse testemunha em um julgamento por maus-tratos a animais aberto contra o antigo dono, acusado de ter colocado o animal dentro de uma mala fechada em uma caçamba de lixo. A magistrada Sandra Barrera surpreendeu os presentes ao pedir que entrasse "a testemunha prejudicada, a cadela Milagros", da raça pitbull, durante a audiência realizada ontem na cidade de Santa Cruz de Tenerife, nas Ilhas Canárias.

A representante do Ministério Público esclareceu aos presentes na audiência que, obviamente, a testemunha não poderia falar, mas que o fariam por ela tanto a acusação como um médico legista, que explicaram as lesões que a cadela sofreu e como ela estava atualmente.

Um porta-voz do Tribunal Superior de Justiça das Canárias (TSJC) disse à Agência Efe que a decisão de convocar um animal para o julgamento como testemunha é algo bastante incomum, quando não inédito, e foi feito com o consentimento de todos os envolvidos, que consideraram um bom gesto para conscientizar a sociedade sobre os maus-tratos aos animais.

O acusado fez seu depoimento através de videoconferência desde Sevilha, onde cumpre pena de prisão preventiva por suposto envolvimento em um roubo. No julgamento, ele admitiu ter jogado Milagros em uma caçamba de lixo, em outubro de 2012, mas alegou acreditar que ela estava morta. O animal foi salvo de ser recolhido pelo caminhão de lixo porque pessoas nas proximidades ouviram os latidos vindos da caçamba de lixo e conseguiram abrir um buraco na mala para que a cadela conseguisse colocar sua cabeça para fora da mesma.

O Ministério Público solicita uma pena de nove meses de prisão, enquanto a acusação feita pelo abrigo de animais Valle Colino, que resgatou a cadela, solicita um ano de reclusão. "Quando ela foi resgatada estava em 'choque'. Ficou fechada em uma mala na qual quase não cabia e sequer podia respirar. Além disso, seu corpo estava cheio de mordidas de outros cachorros", contou à Efe Adriana Naranjo, presidente do Valle Colino, que acolheu o animal, cuidou dele e, posteriormente, conseguiu uma família para sua adoção.

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