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Polícia

22/03/2016 09:24

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Casal acusado de matar taxista em Corumbá é expulso da Bolívia

O casal suspeito de matar um taxista, recentemente, Edgar Souza de Arruda, de 26 anos e Ingrid da Silva Soares,de 23 anos, foram expulsos da Bolívia, no final da tarde desta segunda-feira (21). Após longa espera para liberar documentos, os autores estão agora na Delegacia de Polícia Civil de Corumbá, município distante a cerca de 425 quilômetros de Campo Grande.  

O casal estava escondido naquele país, quando foi detido no sábado (19), pelos policiais bolivianos da Direção de Investigação e Prevenção de Roubo de Veículos (Diprove). A vítima, o taxista Claudinei Guerreiro, foi assassinado com um golpe de faca no pescoço, para roubarem seu carro, no dia 9 de março.

O corpo foi encontrado na rua João B.O. Mota na região do Guató, parte alta de Corumbá. Apesar de ter passado a noite em casa, o taxista tinha saído para atender uma corrida agendada um dia antes, o que levantou suspeita.

Após serem detidos, Edgar e Ingrid foram levados para a sede da Diprove, em Puerto Suárez. No sexto mês de gestação, a mulher precisou ser levada para um hospital daquela cidade. Ela só saiu no final da manhã dentro de uma ambulância do Corpo de Bombeiros de Corumbá.

 Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense. A suspeita está gravida e passou por atendimento médico 


Burocracia

O processo de entrega dos suspeitos durou praticamente um dia inteiro. O comandante da Polícia da Área 3 da PM, coronel Evaldo Mazuy, o comandante do 6° Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel César Freitas Duarte e o comandante de fronteira da Polícia Boliviana, coronel Hugo Justininano Añez se reuniram na Bolívia para definir os trâmites.

“Estamos trabalhando conjuntamente com a Polícia Militar para tirarmos de circulação os delinquentes que cometem crimes no Brasil e se escondem aqui. Tínhamos conhecimento que estavam aqui e encontramos os possíveis autores e o veículo. Estamos cuidando dos trâmites para entregarmos à migração para que os expulse do país”, afirmou o comandante de fronteira da Polícia Boliviana.

 

Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense


Toda a tramitação, respeitando os procedimentos legais daquele país, durou cerca de cinco horas, no posto de migração boliviano, que fica em Arroyo Concépcion. Nesse período, os suspeitos permaneceram custodiados por policiais da Diprove. Edgar ficou numa viatura descaracterizada da Polícia Boliviana e Ingrid na ambulância do 3º Grupamento, parada na frente do posto aduaneiro.

A passagem pela fronteira também teve de ser fechada em alguns momentos, por causa do grande número de pessoas no local que ficaram revoltadas com o crime. O processo burocrático demorou além do esperado pelas autoridades brasileiras, porque era necessária a chegada de um documento do Governo Central, determinando a expulsão do casal de brasileiros.

Até a liberação da autorização por La Paz, de acordo com o Diário Corumbaense, o escritório da migração boliviana sediou seguidas reuniões entre representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, da Coordenação Municipal de Segurança Pública, do Consulado do Brasil em Puerto Suárez e demais autoridades.

O casal suspeito, Edgar Souza de Arruda e Ingrid da Silva Soares, foi entregue para a Polícia Militar às 17h30 e levado para a Polícia Civil e Hospital de Corumbá. A entrega deles por expulsão da Bolívia foi assinada, após chegada ao Brasil, pela Polícia Federal.

A Polícia Civil de Corumbá informou, durante reunião na migração boliviana, que mandados de prisão para os dois já tinham sido expedidos pela justiça brasileira, mas não deu mais detalhes sobre o caso.

“Foi bastante proveitosa essa colaboração. Infelizmente, tivemos a perda desse brasileiro. Mas, com união, integração e a ação irrestrita da Polícia Boliviana, essas pessoas foram entregues às polícias do Brasil para que possam ser processadas e julgadas. Essa é a prova que nessa fronteira a união entre as polícias dos dois países irá reduzir cada vez mais os índices de delito na região”, disse o coronel da PM Evaldo Mazuy.

 

Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense. A viúva Candelária Guerreiro recuperou o veículo

 

A viúva do taxista Claudinei Guerreiro,Candelária, acompanhou cerca de 9h de negociação para entrega dos suspeitos e do carro. O Agile foi devolvido para a família. “Esse momento serve para amenizar um pouco a dor. Espero que a justiça dos homens seja feita, está começando a ser feita agora. Entreguei na mão de Deus. Estou destruída, se estou aqui de pé é porque ele, de onde estiver, está aqui do meu lado. Ele nunca me abandonou, me deu o sobrenome Guerreiro e eu vou fazer jus a ele. Agradeço aos policiais empenhados nessa busca”, concluiu.

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