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Polícia

10/12/2015 09:12

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Coffee Break indicia André, Nelsinho e mais 20 vereadores e empresários

O relatório da operação Coffee Break apontou 22 pessoas como indiciados, entre eles, o  ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PTB) e o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), além de vereadores e empresários. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (10), por uma emissora televisiva que teve acesso ao processo, que corre sob segredo de justiça e está sob cuidados do Ministério Público Estadual.

Dois novos nomes aparecem como investigados no relatório, o de Nelsinho e Puccinelli. Segundo as informações, não existem documentos que comprovem a participação de André, porém, nas ligações telefônicas, 'fica claro que as articulações para cassar Alcides Bernal passavam pelo peemedebista'. As articulações teriam ocorrido porque Puccinelli e Nelsinho não se contentavam com a derrota sofrida nas urnas eletrônicas, já que estavam no poder há 16 anos.

A  assessoria de imprensa do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) se disse 'surpresa' com as informações divulgadas sobre o relatório e destacou que 'também queria saber' como a emissora teve acesso ao documento, que foi entregue diretamente ao MPE. Não é a primeira vez que processos vazam ao chegar à Procuradoria-Geral de Justiça.

O Gaeco garante que não foi responsável pelo vazamento do documento, que será analisado pela PGJ para definir se envia, ou não, a denúncia para a Justiça.

Diante disso, o advogado do vereador Mario Cesar (PMDB), Leonardo Saad, lamentou que o relatório da operação tenha chegado aos estúdios de uma emissora de televisão antes mesmo de ser entregue aos advogados e a Câmara Municipal.

"Pelo que vejo, o relatório chegou primeiro para a imprensa e só depois deve chegar para a Câmara e aos advogados. É complicado falar algo, porque não temos acesso a essas informações que foram divulgadas", diz o advogado que deve ter acesso ao relatório na tarde de hoje.

Crimes

Podem responder por associação criminosa André Puccinelli, Nelsinho, o ex-prefeito Gilmar Olarte, e os empresário Carlos Eduardo Naegele, João Amorim, João Baird, Luiz Portela, Luiz Pedro Guimarães e Raimundo Nonato; além dos vereadores Mario Cesar (ex-presidente da Câmara pelo PMDB), Airton Saraiva (DEM) e Flávio César, também ex-presidente da Casa, mas pelo PTB.

Segundo a TV Morena, Mario Cesar, Flávio César, João Amorim, João Baird, Ayrton Saraiva e Fábio Portela formaram um grupo criminoso para dialogar pessoalmente com os vereadores para conseguir votos no dia da cassação e devem ser indiciados por corrupção ativa.


Já os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Edson Shimabokuro (PTB), Eduardo Romero (Rede), Jamal Salém (PR), Gilmar da Cruz (PRB), Chocolate (PTB), Carlão (PSB), João Rocha (atual presidente da Casa pelo PSDB), além do ex-vereador Alceu Bueno, devem ser indiciados por corrupção passiva.


Conforme as informações divulgadas, os empresários que aparecem nas investigações tinham interesse de continuar vencendo licitações. Já os vereadores, tinham interesses em adquirir cargos para aliados e secretarias. Gilmar Olarte aceitou a proposta porque teria interesse em se tornar Chefe do Executivo.


O Gaeco diz ainda que não tomará nenhuma atitude diante do vazamento de informações e acredita que o MPE deve se pronunciar e tomar decisões necessárias, que está com o documento em mãos.

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