Nayara Francine Nóbrega dos Santos, 22 anos, acusada de assassinar Carolina Leandro Souto, 23 anos, disse em depoimento que teria brigado com uma amiga de Carolina. As informações são do delegado Gustavo Bueno, titular da 5ª Delegacia de Polícia Civil, que detalhou o caso na manhã desta sexta-feira (4)
A autora alega que, após a briga, Carolina ‘tomou as dores’ da amiga e começou a fazer ameaças. “Ela alega que estava sendo ameaçada. Agora vamos trabalhar nesse cruzamento de informações para saber se procede essa desavença ou se é uma retórica para se esquivar da responsabilidade penal. A Nayara foi indiciada formalmente”, explica Bueno.
Segundo o delegado, a polícia vai investigar se Nayara agiu sozinha ou se recebeu suporte de outra pessoa. “Vamos investigar esses detalhes, se ela foi com intenção, ainda vamos investigar. Ao que tudo indica, houve sim um fato anterior que potencializou, o que pode caminhou para premeditação”.
Sobre a morte ter relação com uma guerra entre facções, o delegado afirma que não existe isso nos autos. “Tem fatos com motivo de pequena relevância. Dentro do trabalho, tem futilidade na motivação do crime. Homicídio qualificado por motivo fútil e emboscada”.
Família da vítima
Gustavo afirma que conversou com a mãe de Carolina, já que a família ficou na porta da delegacia enquanto Nayara era interrogada.
“Recebi a família da vítima para pontuar e esclarecer. Para eles é muito difícil ver a indiciada entrar na delegacia e ser liberada, mas esse é o procedimento do processo penal brasileiro, só ocorre prisão de imediato em flagrante delito ou com elementos para prisão temporária e preventiva. Esclareci isso para família, saiu satisfeita com os esclarecimentos, falei com a mãe da vítima, que trouxe elementos importantes para somar a toda a investigação", finaliza o delegado.
