Carlos Fábio Benites Rojas, de 42 anos, foi morto a facadas na noite desta terça-feira (11), na Rua Cândido Ramires, no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Miranda — a 212 quilômetros de Campo Grande. O suspeito, um homem de 20 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar.
Ao chegarem ao local, os policiais constataram que Carlos já não apresentava sinais vitais e tinha ferimentos compatíveis com esfaqueamento.
Uma testemunha relatou ter visto o momento em que o suspeito correu atrás da vítima e a esfaqueou várias vezes. Em seguida, o autor fugiu de bicicleta pela Rua Nova, vestindo um casaco nas cores vermelho e preto.
Os policiais realizaram rondas na região, mas não conseguiram localizar o suspeito naquela noite. Na manhã desta quarta-feira (12), os agentes tiveram acesso a imagens de câmeras de segurança da Rua Nova, que flagraram uma perseguição na Rua Cândido Ramires. Cerca de dez minutos depois, as imagens mostram um homem de bicicleta, com mochila e casaco vermelho e preto, trafegando pelo local.
Com base nas imagens, a equipe retomou as buscas e conseguiu localizar o suspeito na Rua Benjamin Constant. Ele ainda tentou fugir, mas foi contido pelos policiais.
Inicialmente, o homem negou o crime, alegando que apenas teria perseguido a vítima e que outros indivíduos seriam os autores das facadas. Diante das contradições em seu relato, acabou confessando o homicídio.
O suspeito afirmou ter golpeado a vítima duas vezes, motivado por um suposto furto de drogas. Segundo ele, há cerca de uma semana, a vítima teria subtraído duas “paradinhas” de entorpecente.
Na noite do crime, ele teria encontrado Carlos nos trilhos de trem — área conhecida por ser frequentada por usuários de drogas — e questionado sobre o furto, exibindo uma faca. A vítima fugiu em direção à Rua Cândido Ramires, mas foi alcançada. O autor contou ter aplicado uma rasteira e desferido dois golpes: um no rosto e outro no peito. Em seguida, fugiu pela Rua Nova e, ao chegar à ponte na saída para Bodoquena, jogou a faca no rio.
O suspeito recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Miranda, onde permanece à disposição da Justiça. Ele responderá por homicídio qualificado por motivo torpe, crime cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão.










