O jovem, de 20 anos, preso em flagrante por maus-tratos a animais na quinta-feira (20), no Jardim Nashiville, em Campo Grande, deu sua versão para a polícia dizendo que já tentou doar o pitbull para alguém ou entregá-lo para o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), mas não teve êxito.
Durante o interrogatório na delegacia, o tutor do pitbull, chamado de Hulk, alegou que a tentativa se deu após o primeiro ataque provocado pelo animal, que feriu outro cachorro de um vizinho.
Assim, ele buscou meios para doá-lo ou buscar auxílio do CCZ, mas na versão apresentada, o jovem informou que o órgão não aceitou a doação.
Ele estava com o animal há dois anos, quando ainda pegou como filhote. O jovem citou que sempre tratou o cachorro com carinho e que dentro de casa, era dócil, mas quando escapava para rua ficava agressivo.
Sobre como a situação que acabou na morte do cão maltês, o jovem explicou que a avó foi colocar o lixo para fora e quando abriu o portão, Hulk saiu correndo e encontrou o cãozinho maltês, atacando e carregando na boca por uma quadra. O tutor saiu de moto atrás para buscá-lo e fez o animal soltar o cachorro, que já estava morto.
O caso, conforme a Polícia Civil
Conforme divulgado pela Polícia Civil, o pitbull escapou e atacou imediatamente o primeiro animal com o qual se deparou - maltês -, causando sua morte após mordê-la no pescoço e arrastá-la por mais de um quilômetro de distância.
Foi realizada oitiva informal por videoconferência com outra vizinha, que relatou que também já teve seu cachorro atacado e ferido pelo mesmo Pitbull duas vezes, e relatou que o animal já escapou da residência do dono e invadiu sua casa outras inúmeras vezes. Após ouvirem notícia da ocorrência, diversos vizinhos se apresentaram como vítimas do mesmo animal, que vinha escapando com frequência da casa, até o momento sem maiores repercussões.
O caso foi inicialmente apresentado pela Polícia Militar como omissão de cautela de animais, contravenção penal com pena branda e incapaz de gerar autuação em flagrante.
Após colher mais elementos sobre a situação, entretanto, a autoridade policial entendeu se tratar de maus-tratos qualificado por se tratar de animal doméstico da espécie cão, este com a pena mais grave, de até 5 anos de reclusão, e ensejador de prisão em flagrante sem possibilidade de fiança pelo Delegado de Polícia.