Integrantes de facção criminosa presos em janeiro em Rondônia planejavam ataques contra funcionários da Penitenciária Federal de Porto Velho e monitoravam um agente de Campo Grande.
A descoberta foi feita quando a perícia analisou os aparelhos celulares de Evandro Robier Dias da Silva, 53, o Trombada, e Douglas Costa Alves de Souza, 27.
Segundo a Polícia Federal, a dupla pretendia matar a vítima de Porto Velho no dia 28 de janeiro, mas acabou presa um dia antes.
Conforme o Portal Uol, no celular de Douglas, havia informações sobre o endereço de um servidor, funcionário da Penitenciária Federal de Campo Grande. O agente foi seguido e monitorado em maio do ano passado.
Trocas de mensagem sobre o profissional da segurança foram encontradas no aparelho. Em uma delas, no dia 18 de maio diz que o alvo sai de casa às 7h e retorna às 18h30. Há ainda informações sobre a rotina diária do agente.
A mensagem menciona que "o agente trabalha de Uber durante a semana, mas nunca usa o mesmo carro". O texto informa que o endereço do servidor federal é um lugar de fácil acesso e fica a dois quarteirões de uma base do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
No final da mensagem consta que o bairro onde reside o provável agente penitenciário federal fica em uma área nobre da Capital de Mato Grosso do Sul e as ruas da região são "big brother", por ter várias câmeras de segurança.
A segunda mensagem também tem data de 18 de maio de 2022 e as suspeitas são de que se refere a outro servidor federal. As anotações mostram que esse alvo sai de casa às 8h, costuma deixar o serviço às 16h30, entra na academia às 17h40, permanece lá até 20h e chega em casa às 20h40.
O texto afirma que o alvo, todos os dias antes de sair para trabalhar, vai até o portão, dá uma olhada na rua para se certificar que está tudo bem e só depois disso deixa a residência. A mensagem acrescenta que devido à pandemia de covid-19 é impossível "pegá-lo sem máscara".
A Polícia Federal apurou que a quadrilha é de São Paulo, não tem vínculos em Rondônia, mas alugou um apartamento em Porto Velho, usado como base do bando, e ainda comprou carro para monitorar os servidores e toda a rotina e a vigilância do presídio federal da cidade.
Ainda segundo o site, autoridades do SPF (Sistema Penitenciária Federal) acreditam que a facção criminosa planeja atentar contra a vida dos servidores em represália à permanência dos chefes da facção recolhidos nos presídios de Brasília (DF), Porto Velho, Mossoró (RN), Campo Grande e Catanduvas (PR).