Mulher de 33 anos, conseguiu fugir do marido, de 18, e pedir ajuda em um hospital, depois de ser agredida, torturada e mantida em cárcere por ele, em uma aldeia de Amambai — distante 351 quilômetros de Campo Grande.
Conforme A Gazeta News, a indígena que estava convivendo com o rapaz há um mês e desde o início do relacionamento vivia momentos de terror e constantes ameaças de morte.
Conforme a ocorrência policial no dia 25 de janeiro a mulher sofreu um profundo corte na perna esquerda provocado pelo marido. Ela foi encaminhada ao hospital por uma equipe da Casai (Casa da Saúde Indígena), medicada e levada de volta à aldeia.
Na ocasião, segundo teria relatado a mulher a polícia, ela não teria denunciado por medo, já que o acusado teria emaçado de matá-la caso contasse sobre às agressões.
Na última sexta-feira, dia 10 de fevereiro, o jovem bebeu e voltou a bater na mulher com socos no rosto, região do olho, no estômago e com empurrões causando uma queda.
Por conta das agressões a mulher teve um corte na cabeça, porém o agressor continuou torturando a vítima queimando várias partes do corpo da mulher com um isqueiro.
Ainda segundo a ocorrência, ferida e com dores a mulher pediu para ir ao hospital, mas o autor não deixou.
Mantida em cárcere pelo rapaz, na noite dessa quarta-feira (15), a vítima teria falado ao autor que iria à casa de seu irmão quando conseguiu fugir e pedir ajuda.
Ela foi até o Hospital Regional por uma equipe da Casai e ao tomar conhecimento da situação, o hospital acionou a Polícia Militar.
Enquanto a vítima era atendida, o acusado também chegou ao Hospital Regional com um ferimento na região da boca. Ele disse que machucou durante uma queda sobre um pedaço de madeira.
A vítima que pediu medida protetiva e o acusado foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Amambai para serem adotadas as providências.