Kelin Cristine Belafronte pede Justiça pelo marido Joel Brito de Oliveira, de 34 anos, assassinado a tiros no dia 20 de julho, em Corumbá – distante a 426 quilômetros. Ela também defendeu o companheiro das acusações feitas pelo autor do homicídio.
Segundo o boletim de ocorrências, Joel foi morto com três tiros, dois na cabeça e um no tórax, após um suposto desentendimento com o autor, que o acusou de furto.
Em entrevista ao Diário Corumbaense, Kelin contraria a versão apresentada pelo autor e afirma que o marido “nunca roubou ninguém, era trabalhador e uma boa pessoa".
Kelin relataou que, desde fevereiro, Joel estava morando na casa da mãe em Corumbá, onde trabalhava em uma empresa. No dia do crime, ele tinha saído com o irmão para comprar cerveja, quando encontrou o autor e decidiu ficar para “beber com ele”, pois, segundo ela, os dois teriam trabalhado juntos em Campo Grande.
A mulher, que mora em Campo Grande e esteve em Corumbá até a terça-feira (30), pede justiça. “Ele era um trabalhador, brincalhão, tinha um coração muito bom. Foi morto e não sabemos a verdade, do por quê ainda.
O autor foi preso em flagrante com arma e munições sem registro e sem porte e, no dia do velório e enterro dele, o juiz entendeu que o autor poderia ficar livre e o colocou para responder em liberdade.
“Estamos muito revoltados com essa decisão, porque parece que a vida da vítima não tem importância nenhuma”, desabafou.
O pedreiro, que estava morando em Corumbá para trabalhar e, segundo a esposa, para “melhorar de vida”, deixou dois filhos, de 7 e 2 anos.