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Polícia

Facção festeja proibição de PMs do Choque no Zé Pereira: 'dá pra nóis trabalhar'

Em um dos diálogos, suspeito pede para 'meter bala' nos policiais

24 junho 2022 - 15h40Por Thiago de Souza e Itamar Buzzatta

Membros de uma facção criminosa celebraram, em um grupo de WhatsApp, pedido do Ministério Público de MS, para impedir quatro policiais do Batalhão de Choque de atuarem na região do bairro Zé Pereira, em Campo Grande. 

Conforme prints de conversas, atribuídas a criminosos da quadrilha, um deles diz que a decisão judicial, pedida pelo MPE, favoreceu a atividade criminosa na região. 

''Ajudou nóis pra caraio mano, tá ligado. Pelo menos da pra nois trabalhar [sic]'', observou um suposto criminoso. 

Em outro trecho das conversas, um suspeito, que seria uma espécie de ''fiscal'', envia uma determinação aos demais: 

''Entrou polícia da Choque na quebrada... bala e é pra matar [sic]'', diz o recado. Entre vários diálogos, um bandido faz uma constatação sobre a proibição de atuação de alguns homens do Choque na região do Imbirussu. 

''Irmão, está mais tranquilo para nós jogar umas drogas lá na favela para meter marchas'', diz o texto. 

Facção diz que dá para vender mais droga no Imbirussu. (Foto: Repórter Top)

 

Polêmica

Uma criança, que seria filho de um casal com passagens por tráfico de drogas, denunciou situação de abuso e truculência, por parte de policiais do Batalhão de Choque, no bairro Zé Pereira, em Campo Grande. 

O caso chegou ao Ministério Público Estadual, que pediu a prisão dos quatro militares envolvidos no caso. A Justiça negou o pedido de encarceramento, mas determinou que os policiais investigados não se aproximem dos denunciantes e atuem na região do Imbirussu, que compreende o Jardim Aeroporto e o Zé Pereira. 

A medida judicial, pedida pelo MPE, causou revolta em muitos moradores, que chegaram a fazer uma campanha ''quero o Choque no meu bairro''.