Amigos e familiares de Marielli Ferraz Palacios, professora vítima de um acidente de trânsito em Campo Grande, estão organizando dois protestos para cobrar justiça e visibilidade ao caso. O primeiro ato ocorrerá no dia 25 de outubro, no local do acidente - no cruzamento da rua Souto Maior com a rua Alfredo Lisboa - e o segundo será no terceiro domingo de novembro, na Avenida Afonso Pena, data em que tradicionalmente se homenageia vítimas de acidentes de trânsito.
A ideia era que fosse no dia 27 de outubro, dois meses depois do acidente, mas a data cai no aniversário do filho mais novo de Marielli. Por respeito, preferiram deixar no sábado para que mais pessoas também consigam participar.
Segundo Vanessa, responsável por organizar os protestos, a motivação é o descaso desde o primeiro dia, tanto por parte da imprensa quanto da motorista responsável, Abigail Rosa, de 69 anos, que atropelou Marielli. “Ela nunca ofereceu ajuda à família e o seguro quer pagar apenas metade do valor da moto. A gravidade do acidente é inadmissível”, relatou Vanessa.
O grupo alega que a cobertura da mídia sobre o caso foi superficial e imprecisa, sem detalhar a dinâmica do acidente nem identificar corretamente a autora do atropelamento. Além disso, a amiga não se sente ouvida, em parte por suposta negligência do Judiciário em julgar o caso, apesar de os trâmites estarem dentro dos prazos legais.
Ela também alega que a autora do atropelamento não demonstrou qualquer consideração com os filhos ou esposo de Marielli. A mulher pede que a senhora não possa mais dirigir porque ela representa um perigo para todos. "Mas não vamos deixar cair no esquecimento", afirmou Vanessa.
O grupo reforça que a intenção dos protestos é manter viva a memória de Marielli, chamar atenção da sociedade e pressionar as autoridades para que medidas de justiça e prevenção sejam adotadas, evitando que outros acidentes como esse se repitam.
Relembre o que aconteceu
No dia 27 de agosto, Marielli Palácios Ferraz foi atropelada por uma mulher depois de Abigail tentar fazer a conversão em direção à Rua Souto Maior, onde atingiu a moto, que estava parada na sinalização. Com o impacto, Marielli foi arrastada e acabou ficando presa embaixo do veículo.
A professora havia deixado o filho em casa e estava indo trocar o pneu da moto que dirigia.
Marielli passou por uma cirurgia de quatro horas para reparar perfurações no intestino e controlar hemorragia interna e ficou 26 dias internada na Santa Casa, onde morreu.









