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Polícia

Força-tarefa analisa pedido para adiantar depoimentos de Giroto e Wilma

16 novembro 2015 - 11h23Por Dany Nascimento

A assessoria do Ministério Público Estadual informou que a decisão de adiantar ou não os depoimentos do ex-deputado federal Edson Giroto e da ex-diretora da Agesul (Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos), Maria Wilma Casanova Rosa, depende da força-tarefa. O pedido será protocolado ainda hoje (16) pelo advogado de defesa, Valeriano Fontoura.

De acordo com a assessoria, a "Justiça analisa o pedido, mas cabe à Operação tomar a decisão". Valeriano tenta adiantar os depoimentos de seus clientes, na tentativa de evitar assim, que tanto Giroto como Wilma voltem para as celas do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

Giroto e Wilma deixaram a sede do Garras no último sábado(14), após o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) fornecer um habes corpus para ele e mais nove investigados.

Sobre a possibilidade do ex-deputado voltar para a cela, a polícia diz que agora tudo vai depender da Justiça. Os outros investigados Elza Cristina Araújo dos Santos, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira, que ficariam presos por mais cinco dias, também foram todos liberados neste sábado.

Suspeitas de irregularidades na MS-171 motivaram as prisões preventivas de dez pessoas decretadas na última sexta-feira (13), entre elas os funcionários da Agesul João Afif Jorge e Donizete Rodrigues da Silveira, engenheiros em Campo Grande e Jardim, respectivamente.

Conforme a investigação, a Proteco Construções Ltda foi contratada para realizar cerca de 95 m³ de cascalhamento na rodovia, porém menos de 22 m³ foram realizados. Em outro trecho, a empresa deveria realizar 90 quilômetros de cascalhamento, mas só executou 63 deles. Neste caso, a medição foi de R$ 4,5 milhões, mas a empresa só deveria receber R$ 1,8 milhões, logo, o prejuízo chega a R$ 2,6 milhões.

As irregularidades foram apontadas em relatório do Governo do Estado que motivou força-tarefa realizada pelo MPE (Ministério Público Estadual). O grupo estava preso desde a terça-feira (10), quando prestaram depoimentos para explicar as obras da recuperação da MS-228, em que as empreiteiras Provias e Proteco foram contratadas durante a administração do ex-governador André Puccinelli (PMDB) para executar uma obra de R$ 4,9 milhões, mas só investiram cerca de R$ 2 milhões.

O desvio de R$ 2,9 milhões deveria ser usado na recuperação da faixa de rolamento da rodovia, com aplicação de revestimento primário e implantação de dispositivos de drenagens, numa extensão de 42 quilômetros, entre a MS-427 e o vazamento do Castelo, em Corumbá.