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Polícia

24/02/2017 15:38

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‘Gente que me odeia quer me denegrir’, reage Malafaia a indiciamento da PF

Pastor teria apoiado lavagem de dinheiro com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores

O pastor evangélico Silas Malafaia reagiu nesta sexta-feira (24), após ter sido indiciado pela Policia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro. A operação investiga um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties de exploração mineral. Em seu Twitter, Malafaia culpou a imprensa e disse que a notícia era requentada. "Muita gente que me odeia quer me denegrir a todo custo diante da opinião pública.NÃO VÃO CONSEGUIR! Maior é o q está comigo. Vou provar.", publicou na rede social.

Segundo a investigação, Malafaia teria apoiado a lavagem do dinheiro do esquema fornecendo contas correntes de uma instituição religiosa com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores. 

A Polícia Federal deflagrou a Operação Timóteo em 16 de dezembro, com ações em 11 estados e no Distrito Federal. Na ocasião, Malafaia foi  alvo de um mandado de condução coercitiva. 

Por meio de seu perfil na rede social Twitter, Malafaia disse, na ocasião, que foi acordado por um telefonema que informava que a corporação havia estado em sua casa. “Estou em São Paulo e vou me apresentar".

Em outra publicação, ele alegou que recebeu um cheque no valor de R$ 100 mil de um amigo também pastor. “Não sei e não conheço o que ele faz. Tanto é que o cheque foi depositado em conta. Por causa disso sou ladrão?”, questionou. “Quer dizer que, se alguém for bandido e me der uma oferta, sem eu saber a origem, sou bandido?”.

O pastor classificou a condução coercitiva como uma tentativa para desmoralizá-lo. “Não poderia ter sido convidado a depor? Vergonhoso”, escreveu. “Será que a Justiça não tem bom senso? Pra saber que eu recebi um cheque de uma pessoa e isso me torna participante de crime? Estou indignado".

Foram realizadas buscas e apreensões em 52 endereços relacionados a uma organização criminosa investigada por esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral. “Entre uns dos investigados por esse apoio na lavagem do dinheiro está uma liderança religiosa, que recebeu valores do principal escritório de advocacia responsável pelo esquema. A suspeita a ser esclarecida pelos policiais é se esse líder religioso pode ter 'emprestado' contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência, com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores”, informou na ocasião a PF.

Além das buscas, 300 policiais cumpriram ainda 29 conduções coercitivas, quatro mandados de prisão preventiva, 12 mandados de prisão temporária, sequestro de três imóveis e bloqueio judicial de valores depositados que podem alcançar R$ 70 milhões. As ações ocorreram na Bahia, no Distrito Federal, em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, no Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, Sergipe e no Tocantins.

Marco Antônio Valadares Moreira, responsável pela Diretoria de Procedimentos Arrecadatórios do DNPM, e a esposa foram presos na ocasião. 

A ação foi batizada de "Operação Timóteo", em referência à passagem do livro Timóteo, da Bíblia: "Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição".

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