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Polícia

Governo de MS pede Força Nacional para acabar com conflito em Caarapó

15 junho 2016 - 16h23Por Alessandra Carvalho

O Governo de Mato Grosso do Sul divulgou, na tarde de hoje (15), nota a respeito do confronto entre indígenas e produtores rurais na cidade de Caarapó, distante 272 quilômetros da Capital. O Executivo pede auxílio da União.

Conforme informações da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), foi solicitado apoio às forças estaduais, e a presença da Força Nacional para aquela região.

Durante o confronto foram acionados bombeiros militares pelo 193 para atendimento às vítimas. Três policiais militares foram rendidos por indígenas, feitos reféns, agredidos e tiveram as armas roubadas: três pistolas calibre .40, uma escopeta calibre 12 e três coletes.

O agente de saúde indígena, Clodioudo Aguile Rodrigues dos Santos (20), filho do vice-capitão da reserva, Leonardo Isnardi, foi identificado como o indígena que morreu no confronto. Os policiais foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e os indígenas atearam fogo na viatura e em um caminhão que transportava uma colheitadeira.

O Governo de MS, instaurou um inquérito policial para apurar os fatos e estão sendo realizadas diligências para identificar os autores das agressões policiais, o roubo das armas e os danos causados à viatura policial.  As pessoas que estão em posse das armas estão em situação de flagrância por porte ilegal de armas de uso restrito e ainda receptação de produto de roubo. Os indígenas alegam que são os donos da terra, que teria passado por processo de demarcação em 2015.

O proprietário da fazenda Yvu, Sylvio Mendes Amado, já faleceu e provavelmente a fazenda está no nome de uma pecuarista de 54 anos, que mora na Capital. As estradas vicinais que cercam a fazenda Yvu estão trancadas. A Secretaria Especial de Saúde Indígena do ministério da Saúde (Sesai/MS) manifesta indignação em nota e ressalta que mais de mil índios, incluindo quatro agentes de saúde indígena, foram surpreendidos por homens armados, em aproximadamente 60 veículos (camionetes).

Segundo informações das lideranças indígenas locais, os homens teriam atirado sem prévio aviso, alegando que o território era de propriedade privada. O processo de retomada das terras na região foi concluído na última semana.