Foi marcado para o dia 11 de junho, o júri popular de Aparecida Graciano de Souza, acusada de matar e esquartejar o marido Antônio Ricardo Cantarin, de 63 anos em maio de 2023, no município de Selvíria – distante a 399 quilômetros de Campo Grande.
O julgamento acontece quase dois anos após o crime. Aparecida está presa desde o dia 26 de maio do ano passado, quatro dias após o crime. Na ocasião, ela matou Antônio depois de ter dado veneno de rato, e logo após esquartejar o cadáver, colocar o tronco da vítima dentro de uma mala e guardar as outras partes do corpo dentro de um congelador.
Ao analisar o caso, o juiz Rodrigo Pedrini Marcos, da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas, argumentou que a materialidade do assassinato foi comprovada por meio de imagens e laudos periciais. O juiz salientou que a própria acusada confessou o crime.
Relembre o caso
O crime começou a ser investigado no fim de maio de 2023, quando um homem encontrou às margens da rodovia a mala com os restos mortais da vítima, de 63 anos. Após receber a informação, a polícia e perícia técnica foram até ao local e encontraram apenas o tronco da vítima dentro da mala.
Depois de conversas com vizinhos, os investigadores chegaram até a esposa do homem morto. Em depoimento, a mulher esboçou nervosismo e negou envolvimento com o crime, mas depois de se contradizer com as informações, confessou o homicídio.
À polícia, a suspeita relatou que deu veneno para ratos para o marido e, depois, sem saber o que fazer com o corpo, o esquartejou. “A suspeita confessou que em um momento de estresse cometeu o delito. Durante o depoimento, a mulher poucas vezes demonstrou arrependimento. Foi muito fria no depoimento. A vítima necessitava de cuidados especiais, e, em depoimento, a suspeita disse que estava ‘cansada de cuidar’ do marido”, comentou o delegado Felipe Rocha.