Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o incêndio de grandes proporções que matou carbonizadas Irailde Vieira Flores de Oliveira, de 83 anos, a filha Rosimeire Vieira de Oliveira, de 37 anos e o adolescente Bruno de Oliveira Gonçalves, de 14, filho de Rosimeire, na madrugada desta segunda-feira (10), no município de Rochedo, a 83 quilômetros de Campo Grande. A suspeita inicial é de feminicídio.
Nas imagens, é possível ver as altas chamas, que ameaçaram invadir casas vizinhas, e grande quantidade de fumaça, que tomou conta da Rua Izidro Cipriano da Cruz, no bairro Parque dos Diamantes, onde o crime aconteceu. Moradores chegaram a sair nas ruas para entender a situação e tentar controlar o incêndio, com mangueiras e baldes, até a chegada do Corpo de Bombeiros, que ainda contou com o auxílio de um caminhão pipa da prefeitura.
Os corpos foram encontrados durante o trabalho de rescaldo, na parte central da casa. Segundo o boletim de ocorrência, Rosimeire teria enviado uma mensagem para uma amiga momentos antes do crime, pedindo ajuda. Em áudio, ela disse que havia alguém dentro da casa; pouco tempo depois vizinhos viram fumaça saindo do local e acionaram os bombeiros.
Para a polícia, a amiga que recebeu o pedido de socorro, alega que o incêndio foi criminoso e apontou como suspeito Higor Thiago Santana de Almeida, de 31 anos, ex-companheiro de Rosimeire, que não aceitava o fim do relacionamento.
O suspeito foi encontrado pela Polícia Militar, dormindo em casa, na cidade de Rochedo. Ele negou envolvimento no crime, mas testemunhas disseram que viram Higor chegando em casa logo após o incêndio. Ele foi levado à Delegacia de Polícia Civil de Rochedo e o caso segue em investigação.
Além disso, a perícia científica identificou que os corpos estavam carbonizados e apreendeu uma faca de aproximadamente 25 centímetros, com cabo de plástico preto, que será periciada, o que pode sugerir que as vítimas foram esfaqueadas antes de serem carbonizadas.
Com a morte de Rosimeire e Irailde, Mato Grosso do Sul contabiliza 35 casos de feminicídio em 2025.










