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Polícia

Traficante é preso com lista de 'padrinhos' do PCC e rifa para ajudar criminosos

Suspeito realizava 'ação entre amigos' para arrecadar dinheiro para a organização

14 dezembro 2016 - 09h46Por Anna Gomes

Fabrício da Silva Armerindo dos Santos, o 'Du Nike' que seria traficante da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foi preso na última segunda-feira (12), após informações que o suspeito vinha comercializando drogas em sua residência, na Vila Piloto, em Três Lagoas, município distante aproximadamente 330 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com a Polícia Civil, ao chegar na casa do criminoso, os investigadores notaram alguém correndo dentro do imóvel e perceberam que se tratava de Fabrício, que vinha dos fundos da casa para entrar na cozinha.

Ainda conforme informações policiais, foi realizado um cerco e o criminoso convidado a se dirigir à porta. Após conversa, e na presença da esposa, ele autorizou uma busca em sua casa.

Em um dos quartos, foi encontrada certa quantia em dinheiro em cédulas de R$ 20 e R$ 10. No local os policiais também apreenderam uma balança de precisão, um aparelho celular, rolos de plástico transparente e uma tesoura.

Posteriormente os policiais localizaram um caderno pequeno contendo anotações da organização criminosa PCC, cujo teor era um esboço dos dados a serem preenchidos para quem ingressava na facção, como data de batismo e nome de padrinho que indicou.

Ele confirmou que presta contas para pessoas integrantes do PCC e confessou que ele mesmo fez as anotações. Entre as informações contidas nas anotações, pôde-se apurar que o traficante entrou em contato com algumas pessoas para receber valores, porém sem sucesso.

Foram apreendidos ainda vários talonários de rifa de uma “Ação Entre Amigos”, no valor de R$ 30 cada número, cujos prêmios seriam cinco motocicletas. Perguntado a respeito, Fabrício confessou que era para arrecadar dinheiro para o PCC.

Um imóvel localizado nos fundos de sua residência, onde reside uma tia de Fabrício, também foi vistoriado. No telhado da casa foram localizadas 12 trouxinhas de maconha e sete de crack, já prontas para comercialização bem como certa quantia em dinheiro em cédulas de R$ 2, que foram apreendidas.

A apreensão totalizou 73 gramas de maconha, 40 gramas de crack, balança de precisão, aproximadamente R$ 570 em moedas e notas.

Conforme a investigação, Fabrício seria “palavra” da organização criminosa naquele bairro. Ele possui diversos registros de ocorrências de tráfico de drogas, roubo e homicídio doloso, sendo inclusive apontado como um dos autores de ter participado do homicídio arquitetado pelo PCC contra um policial militar aposentado em Três Lagoas, em março de 2013.