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Gaeco

20/09/2016 12:00

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Envolvido em operação do Gaeco tem ligação com núcleo Trad e era 'novo Amorim'

Empresário também é citado na Lama Asfáltica

O empresário André Luiz dos Santos, conhecido popularmente como ALS, está na lista dos alvos de mandados de notificação emitidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Ele deverá prestar depoimento na sede do órgão, durante a Operação Midas, que apura denúncia de prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade documental. A ação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20), em Campo Grande e Nioaque. 

André Luiz também aparece na operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, onde é apontado como o sucessor do empreiteiro João Krampe Amorim, pivô da Operação Lama Asfáltica, em uma possível ascensão da família Trad ao poder. O texto consta no relatório da Lama. João Amorim também estaria entre os notificados na Operação Midas. 

Reportagem publicada anteriormente pelo TopMídiaNews (leia aqui) mostrou que a Polícia Federal aponta o empresário com forte relacionamento com atual ‘imperador’ das obras públicas em Mato Grosso do Sul, mas se referia a João Amorim de formas pejorativas como “cara do Extra” e “bandido”, entre outros nomes. De acordo com o relatório da PF, “a maior parte de suas ligações parece refletir falcatruas e conchavos políticos". "Declaradamente participa de esquemas fraudulentos, principalmente em Corumbá/MS”, diz o relatório da PF sobre André Luiz dos Santos.

André ainda teria um bom relacionamento com o empresário Carlos Clementino, proprietário da Engepar Engenharia e Participações Ltda., que mantém diversos contratos com as prefeituras de Campo Grande e Corumbá, e é um dos principais doadores de campanha da Família Trad. Novamente, o texto é da PF.

 Entre as obras tocadas pela Engepar estão a edificação da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do Bairro Tiradentes na Capital e a construção de 338 unidades habitacionais em Corumbá. Alguns dos contratos somam mais de 13 aditivos e ultrapassam os R$ 10,8 milhões.

Também relacionado a André, estaria o empresário José Laureano Ribeiro, dono da rede de postos de gasolina Trokar Postos e Serviços Ltda. Em conversa interceptada pela PF em 28 de abril de 2014, às 12h50, o empresário pergunta a José Laureano se ele conseguiu acertar o pagamento do “bandido” que, segundo as investigações, seria João Amorim.

Conforme o inquérito civil nº 67/2009, iniciado pela 34ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da comarca de Campo Grande, André Luiz dos Santos comanda as empresas A. L. dos Santos & Cia Ltda., e Transportadora Fretão Ltda.

Na ocasião do inquérito, o MPE (Ministério Público Estadual) investigava a ocorrência de danos ambientais decorrentes da atividade de extração de areia na BR 163, em Campo Grande, sem licença, autorização ambiental ou contrariando as normas legais. 

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