Vanusa Roberto, de 25 anos, permanece solta mesmo após ser indiciada pela Polícia Civil por homicídio qualificado contra Maikon da Silva, de 39 anos, seu padrasto. O caso de atropelamento por vingança aconteceu na noite do dia 22 de janeiro, no loteamento Rancho Alegre, em Campo Grande.
O caso tomou proporções maiores após a jovem saber que sua mãe havia sido agredida e enforcada pelo namorado. Quando soube das agressões, Vanusa saiu à procura do homem pelas ruas do bairro, o encontrando em um estabelecimento comercial na Avenida Afluente.
A bordo de um veículo, um Chevrolet Corsa, ela visualizou o padrasto sentado na calçada, subiu o espaço, propositalmente, e jogou o carro contra Maikon. Não satisfeita, disse o boletim de ocorrência, Vanusa dá marcha a ré e mais uma vez avança com o carro e prensa Silva contra a parede.
O delegado Fabrício Dias, da 6° Delegacia de Polícia Civil, afirmou para a reportagem que falta apenas um documento para fechar o inquérito policial e ser despachado para o Poder Judiciário.
A materialidade do vídeo e das investigações apontam que o homicídio aconteceu por motivo torpe e que dificultou a defesa da vítima.
Vanusa havia se apresentando quatro dias após o ocorrido, na tarde de 26 de janeiro. A jovem justificou em seu depoimento que "só queria assustar" Maikon. A suspeita contou ao delegado que voltou de um banho de rio, com uma amiga, olhou pela janela do quarto da mãe e flagrou o padrasto a enforcando. A agressora detalhou que a mãe parecia desacordada e gritou para que o padrasto parasse com a agressão.
Ainda conforme o depoimento, o suspeito fugiu do local e Vanusa disse que ligou para ele, mas o agressor não atendeu. Na sequência, ela pegou o carro e, junto de uma amiga, saiu pelas ruas do bairro, a fim de achar Silva.
Minutos depois, diz a investigada, ela recebeu uma ligação de Maikon, que confessou as agressões e disse estar bebendo cerveja em um mercado. A suspeita seguiu à procura do padrasto, até encontra-lo na avenida Afluente.
A suspeita foi perguntada o porquê de atropelar o padrasto, ao que ela respondeu que ficou desesperada. "Tanto homem matando mulher... desejava apenas assustar ele", disse a agressora na época do interrogatório.
Sobre o fato de ter atropelado Maikon uma vez e, dado marcha a ré e avançado com o carro novamente, Vanusa disse que "não se lembra desse fato". Ela diz que fugiu por temer as consequências do ato dela.