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Polícia

21/07/2020 14:23

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JUDIAÇÃO: arara que teve penas arrancadas recebe atendimento no CRAS

Penas de animais com plumagem colorida, como araras, podem ter sido retiradas para usar como enfeites e até em rituais religiosos

Arara canindé resgatada com a maior parte das penas arrancadas deu entrada, na manhã desta terça-feira (21), no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande.

A ave apareceu em uma residência de Nioaque e foi resgatada pela PMA (Polícia Militar Ambiental).

Segundo o veterinário Lucas Cazati, responsável técnico do CRAS, é uma ave adulta e não domesticada. Não é possível identificar o sexo, a não ser por exame.

Ela passou por exames clínicos que não identificaram outras enfermidades, foi acondicionada em um recinto grande e se alimentou bem, demonstrando estar muito faminta.

De acordo com a Semagro, Cazati concluiu que ela foi vítima de maus-tratos. “Há casos de aves submetidas a estresse severo que acabam arrancando algumas penas, mas não todas como aconteceu com essa. E também ela não teria como tirar penas da parte de trás da cabeça”, afirmou.

A extração das penas provoca um sofrimento imenso na ave. “Quando a gente precisa extrair uma pena para fazer exames, aqui, isso é um procedimento doloroso demais. O bicho demonstra muita dor”, disse Cazati.

Penas de animais com plumagem colorida, como araras, podem ter sido retiradas para usar como enfeites e até em rituais religiosos. As araras são animais de fácil captura e por isso acabam sendo as vítimas recorrentes desses tipos de crime, conforme a Semagro.

Em três anos de atuação no CRAS, Cazati nunca tinha visto uma ave que tivesse sofrido tanto. Ele prevê que demore no mínimo um ano para que a plumagem da arara se restabeleça e possibilite que seja devolvida à natureza.

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