A tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romeiro Nogueira foi julgada na esfera administrativa, na manhã desta quarta-feira (6), pelo Conselho da Polícia Militar de Campo Grande. Ela é acusada de matar a tiros o marido, também policial militar, Valdeni Lopes Nogueira, de 45 anos, no dia 12 de julho de 2016.
Acompanhada pelo advogado José Roberto Rosa, a oficial foi julgada por três coronéis do Conselho da PM, o relator Alexandre Rosa Ferreira, o escrivão Leonel Praieiro e Edson Bertolazo na presidência.
A tenente já tinha feito o pedido para ir para a reserva, no entanto, a decisão foi para ela fosse reformada administrativamente, ou seja, que compete o afastamento total das suas funções dentro da corporação, aposentada. Ela prestou 27 anos de serviço à Polícia Militar.
Conforme o advogado, durante o julgamento, foi levado em consideração toda carreira ela, já que atuou até mesmo no comando do Batalhão de Trânsito. Agora, a decisão vai para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e, posteriormente, é encaminhada ao Tribunal de Justiça.
Além disso, o advogado destacou que o fato da tenente-coronel nunca ter registrado boletim de ocorrência das agressões contribuiu para a decisão.
Já na esfera criminal, ainda segundo o advogado, Itamara deve ir a júri popular em março de 2020.
O crime
Supostamente para se defender de agressões, a policial atirou no marido com a pistola que usava na Polícia Militar. O crime ocorreu na garagem da residência deles, no dia 12 de julho de 2016.
Ela alegou que os dois estavam em casa e discutiram por conta de uma viagem. Ainda segundo a tenente, ela foi agredida pelo policial fisicamente. Em dado momento, na versão dela, ele foi até o carro pegar a arma para atingi-la, por isso atirou em legítima defesa. Após os tiros, a policial acionou o socorro, mas o então esposo morreu na Santa Casa.