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Polícia

Justiça decreta prisão preventiva do casal Olarte

Andréia e Gilmar Olarte, presos em operação do Gaeco, seriam soltos à meia noite

19 agosto 2016 - 18h33Por Amanda Amaral

O Procurador-geral de Justiça Paulo Cezar dos Passos, do Ministério Público Estadual (MPE/MS) fez pedido e o Tribunal de Justiça acatou: Andréia e Gilmar Olarte (ambos PROS) continuam presos. O casal e os outros dois acusados, detidos em regime fechado desde segunda-feira (15), passam da prisão temporária para a preventiva, que tem duração de 30 dias, prorrogáveis por mais 30.

Se não houvesse a decisão favorável ao MPE, eles seriam soltos na meia noite de sábado (20). A prisão cautelar não é passível de recurso, mas a defesa pode tentar um habeas corpus. O STJ (Supremo Tribunal de Justiça) rejeitou na manhã desta sexta-feira (19) o pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado do casal, Jail Azambuja.

Olarte permanecerá preso no Presídio Militar e Andréia deve retornar ao Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros). Na Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), onde estava anteriormente, Andreia passou mal por causa do odor de entorpecentes que ficam alojados nas dependências da unidade e teve que ser encaminhada para um hospital da Unimed. Após atendimento clínico, que foi efetuado pelo médico e vereador Jamal Salem, ela foi transferida para a sede do Garras.

A medida visa proteger a investigação do Gaeco, (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) na Operação Pecúnia, que apura a suspeita dos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.  Além deles, foram presos Evandro Simôes Farinelli e Ivamil Rodrigues de Almeida. No entanto, se o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) não converter a prisão temporária em preventiva, os quatro indiciados podem ser liberados ainda hoje.

As investigações tiveram início a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, a Casa da Esteticista.  De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), entre os anos 2014 e 2015, enquanto Gilmar ocupava o cargo de prefeito, “sua esposa adquiriu vários imóveis na capital, alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

“Para isso, o casal Olarte contou com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis e braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli, pessoa que cedia o nome para que as aquisições fossem feitas em nome de Andreia Olarte”, complementa a assessoria do MPE.