A Justiça decide, nesta quinta-feira (5), se mantém júri popular para Rafael de Souza Carrelo, 20 anos, investigado pela morte da namorada Mariana Vitória Vieira, 19 anos, em Campo Grande.
A 1ª Câmara Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) pode optar pelo júri ou pela reforma da decisão que o mandou a julgamento.
Mariana morreu no dia 15 de maio do ano passado, após cair do capô do Toyota Etios, conduzido por Rafael. Em uma curva na Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em frente ao Shopping Campo Grande, Rafael perdeu o controle da direção, bateu em uma árvore e em um poste.
O veículo estava a 95km/h (quilômetros por hora) e a jovem morreu no local.
Antes, imagens de câmeras mostram que era o rapaz que subiu no capô do veículo enquanto a namorada conduzia o Etios. Depois eles inverteram.
O teste de alcoolemia de Rafael registrou 0,89 mg/l (miligrama por litro).
Eles namoravam há quatro meses.
Versões apresentadas pelo acusado
O auxiliar contábil apresentou duas versões sobre os fatos que antecederam a morte da namorada. Em um primeiro momento para a Polícia Militar, Rafael alegou que os dois brigaram porque ela não queria que ele dirigisse bêbado e, no depoimento oficial, disse que o casal participou de uma “brincadeira”.
Segundo a delegada plantonista Joilce Ramos, Rafael disse que de início era Mariana quem dirigia o carro durante uma brincadeira. Na vez dele, Rafael "fez uma curva ali em frente ao shopping [Campo Grande], perdeu o controle da direção, bateu no meio-fio, bateu numa árvore e, nesse momento, ela caiu, provavelmente já sem vida. Ele continuou ainda alguns metros à frente, bateu em um poste de concreto e parou. Só então, segundo ele, Rafael percebeu que ela caiu, procurou o corpo dela e a encontrou caída perto da árvore, pegou no colo, sentou com ela na rua e começou a pedir ajuda para as pessoas que passavam”, disse Joilce.
Na delegacia, Rafael contou que estava com Mariana na festa de aniversário de um primo. Os dois voltaram para a casa da jovem com um carro de aplicativo e, de lá, decidiram comer alguma coisa em uma lanchonete da Avenida Afonso Pena.
Segundo ele, como encontraram tudo fechado, os dois decidiram “brincar” de subir no capô do veículo em movimento. Rafael afirma que foi o primeiro a subir no capô enquanto a namorada dirigia, mas depois inverteram os papéis.