Mais uma fase da Operação Kryptos foi deflagrada nesta quinta-feira (3) com o objetivo de desarticular a organização criminosa por trás de movimentações e fraudes bilionárias envolvendo a nova onda das criptomoedas.
A terceira fase conta com pelo menos 20 policiais federais que deram cumprimento a um mandado de prisão preventiva e a cinco mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Segundo informações da Polícia Federal, duas empresas possuem sede em Campo Grande e contavam com uma advogada que servia como intermediadora para a movimentação financeira entre a principal empresa investigada na operação e com sede no exterior.
Conforme foi apurado, a conduta da investigada possibilitou a continuidade das atividades ilícitas desenvolvidas pela referida empresa, mesmo após a deflagração da primeira fase da operação.
A atividade de intermediação dessa advogada ficou ainda maior após o primeiro ato da operação, em agosto do ano passado.
Apurou-se que esse braço da organização criminosa investigada também foi o responsável pela criação de uma corretora de criptoativos, concebida possivelmente com o intuito de obstar a ação de bloqueio e posterior confisco dos valores movimentados pelo esquema criminoso, por parte dos órgãos da persecução penal.
Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de reclusão.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e decorreram de um esforço conjunto entre a Polícia Federal e Ministério Público Federal.