Revoltada após ver o filho de 13 anos ser espancado pelo Policial Militar Fabiano Timóteo, a mãe de 37 anos, que prefere não ter o nome identificado, disse que o adolescente nasceu com o rim direito sem funcionar e faz acompanhamento com especialista desde os primeiros dias de vida.

A garçonete destaca que estava trabalhando, quando foi informada que o garoto havia sido agredido. “Eu saí correndo na rua, fui até o local onde meu filho estava, quando eu cheguei, vi ele todo machucado. Foi uma cena horrível, chamaram o Corpo de Bombeiros. Meu filho estava com machucado no olho, na cabeça, contou que levou muitos socos e chutes, eu sempre cuidei tanto dele e agora vem alguém que se acha no direito de espancar alguém por aí”, disse a mulher, que acompanha o menor na Santa Casa de Campo Grande.

A mãe afirma que outras pessoas já tiveram problemas com o policial, conhecido por ter fama de agressivo no município. Segundo a mulher, a tia que conseguiu fazer o policial parar de bater no adolescente. “Se não fosse a minha irmã, ele teria matado meu filho de tanto que bateu. Ele fez isso porque meu filho estava brincando com pedras com outro colega, eles estavam na rua e uma pedra pegou no portão dele. Ele saiu, meu filho contou que foi a pedra que o amigo jogou que pegou no portão. O coleguinha dele correu, mas meu filho não e foi aí que ele pegou”.

Ao relembrar a cena do garoto machucado, a mãe chora e diz que a família espera que o policial seja preso. “Vamos denunciar sim, ele não pode fazer isso com ninguém, ele não tem direito de sair por aí batendo nas pessoas. Meu filho disse que falava que tinha apenas um rim funcionando e, mesmo assim, ele continuou batendo e disse que era policial. Queremos justiça, ele tinha que ser preso e não apenas afastado da polícia”.

Timóteo foi afastado temporariamente do serviço por ordem do Comando do 5º Batalhão de Polícia Militar.