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Polícia

Menino morto dizia que mãe era maravilhosa

Laudo preliminar aponta estrangulamento, mas Alexandra Dougokenski disse à polícia que deu medicamentos ao filho Rafael Winques

01 junho 2020 - 12h16Por Rayani Santa Cruz

A motivação da morte de Rafael Winques, de 11 anos, em Planalto, no Norte do Rio Grande do Sul, ainda é um mistério, segundo o G1. Durante a investigação da Polícia Civil, foi encontrada uma tarefa escolar no quarto do menino. No trabalho, ele precisava completar a frase "Minha mãe é...". Rafael escreveu: "Maravilhosa".

Conforme o site,  a mãe Alexandra Dougokenski disse em depoimentos que deu medicamentos ao filho. Ela alega que não teve a intenção de matá-lo. Após a morte, a mulher escondeu o corpo. Ela está presa no Presídio de Guaíba.

A polícia já ouviu os depoimentos de 30 pessoas durante a investigação. Em um vídeo, do último Dia das Mães, o menino declama: "A voz da minha mãe é muito amor e carinho. E foi essa voz que me fez sorrir pela primeira vez. As mãos de minha mãe são lisas como um sabão e macias como um algodão".

A promotora Michele Kufner diz que não sabe como a mãe, descrita como zelosa pela comunidade, pode ter cometido o crime. “Acredito que esse seja o questionamento que todas as pessoas estejam se fazendo neste momento”, afirma.
Rafael é citado como um bom aluno, tranquilo, que adorava brincar com o celular e o vídeo game.

O caso

No dia 15 de maio, a mãe de Rafael, Alexandra Dougokenski, comunicou ao Conselho Tutelar que o filho teria desaparecido.

Depois de algumas contradições, 10 dias após anunciar o desaparecimento, a mãe confessou que havia dado medicamentos ao filho. Segundo ela, ele estava agitado e, por isso, deu dois comprimidos de um remédio para controlar a ansiedade.

Laudo aponta esganadura

Rafael morava com a mãe e o irmão mais velho, de 16 anos, em uma casa. De acordo com as investigações, após constatar que o filho havia morrido, Alexandra arrastou o corpo do menino até outra residência próxima, que estava desocupada.

Um laudo preliminar do Posto Médico-Legal de Carazinho indicou que Rafael morreu por asfixia mecânica por estrangulamento. A polícia trata o caso como um homicídio doloso e aguarda os demais laudos do Instituto-Geral de Perícias.

Ainda segundo o G1, a promotora não tem certeza se a mãe agiu sozinha ou se teve ajuda de outras pessoas.