O motoentregador Emerson Salles Silva, 33 anos, tinha histórico de violência, como alega Bruno César, de 25 anos. O rapaz foi assassinado na última quinta-feira (13), pelo colega de trabalho Bruno, após uma discussão em uma lanchonete na Avenida Mato Grosso, região central de Campo Grande.

Bruno se entregou à polícia nesta quinta-feira (19), escoltado pela advogada. Em depoimento na tarde de ontem (18), o acusado declarou que vinha recebendo ameaças de Emerson, além de brincadeiras de mau gosto e até agressivas via WhatsApp.

A princípio, segundo Bruno, Emerson seria um rapaz agressivo.

Histórico de violência

Conforme processo do Ministério Publico Estadual, em 2017, Emerson foi acusado de violência doméstica após agredir a sobrinha e o noivo dela, em Ladário. O processo estava rolando na Justiça, pela Comarca de Corumbá.

O último interrogatório do réu havia acontecido no dia 29  de julho, através de videoconferência, já que Emerson havia deixado o município para morar em Campo Grande.

Além disso, há outro registro de violência doméstica, na delegacia de Ladário. Na ocasião, a Justiça determinou pela prisão de 6 meses do acusado, em regime aberto.

Entenda o caso

Bruno estava sendo procurado desde quinta-feira (13), ocasião em que matou o colega de trabalho após uma discussão em uma lanchonete. O crime foi flagrado por câmeras de segurança.

Em depoimento, Bruno alegou estar arrependido e diz ter agido em legítima defesa. Ele alegou que recebia mensagens de ameaça e, por isso, atirou contra Emerson.

As imagens das câmeras de segurança mostram que Emerson estava a pelo menos três metros de distância do suspeito e sem qualquer arma ou objeto que oferecesse risco ao criminoso. Aliás, Bruno é que caminhou em direção à vítima e fez os disparos.

Dos três tiros, dois foram feitos com Emerson já caído, sem condições de esboçar reação.