Após a divulgação do caso em que o motorista de aplicativo Fagner Duarte Gomes, de 35 anos, alegou que foi atacado por três homens na madrugada deste domingo (10), no bairro Santa Mônica, em Campo Grande (clique aqui para ver), a família dos três envolvidos procurou o TopMídiaNews para dar sua versão.
Isadora Raquel Paiva, 25 anos, afirma que o esposo de 30 anos, os cunhados de 32 e 36 anos, e concunhada de 42 anos foram esfaqueados pelo motorista durante briga após a festa julhina do bairro. Ela defende o marido, e afirma que não foi ele quem começou a briga, e que aparentemente o motorista não queria levar o esposo no carro.
Isadora explica que no momento da briga ficou muito nervosa e desmaiou, por isso não se lembra de quase nada.
Ela estava na festa julina vendendo pastel em uma das barracas junto a sogra e o restante da família e disse que ao terminar o evento solicitou a corrida já por volta das 00h. O motorista parou na rua lateral a festa, e ela foi a primeira a ir até o carro.
“As cenas que eu me lembro foi que pedi um Uber. Acabou o evento, e a gente estava indo embora. Fui na frente para ver se ele não ia cancelar a corrida. Eu dei sinal para ele que estávamos indo. Meu marido ficou para trás para trazer as coisas da barraca.”
Ela não sabe exatamente como a briga teve início, e diz que na versão do marido o motorista não queria levá-lo.
“Eu cheguei dei boa noite! E falei pra ele esperar um pouco. Foi nessa hora que o meu marido veio de lá pra cá. E tinha muita gente na rua. O meu marido foi chegando perto do carro, e aparentemente o motorista de uber não queria levá-lo. Parece que eles discutiram, e eu não vi direito, só vi quando meu marido estava ensanguentado nas costas. Aí avisaram meus cunhados que foram acudi-lo.”
Isadora afirma que havia muitas pessoas saindo da festa que elas tentaram interferir e, mesmo assim motorista de aplicativo agredia todo mundo.
“Ele estava esfaqueando todo mundo, que tentava separar. Foram esfaqueados o meu marido, dois irmãos dele e a minha concunhada.”
Na visão dela não ocorreu uma briga generalizada, e sim as pessoas que estavam tentando separar a briga entre eles.
“Eu não discuti com o meu marido em momento algum. O meu marido disse que foi muito rápido, e não sabe oque aconteceu. Ele acha que o uber não queria que ele entrasse no carro.”
Não registrou ocorrência
Segundo Isadora, ela se deslocou até a Depac Centro e no local os investigadores não quiseram registar boletim de ocorrência. “Fui na Depac Centro no domingo cedo e não me deixaram registrar. Falaram que já tinha um BO e que era para aguardar a intimação, para prestar esclarecimento. Porque ele já tinha registrado.”
Isadora conta ainda que o marido levou uma facada no cotovelo, e costela, e foi para UPA Santa Mônica onde recebeu atendimento. A concunhada teve um corte na mão e também passou por atendimento na UPA. Já os dois cunhados foram levados até a Santa Casa um deles foi esfaqueado na barriga e no peito, e teve alta na segunda-feira (11). E o outro que cortou o tendão da mão vai ter alta ainda nesta terça-feira (12).
Para a jovem, a briga se deu por motivo fútil.
“Foi uma coisa muito fútil. Era só ele cancelar e pronto. Espero que a justiça seja feita e não desejo mal para o uber porque vi que era um pai de família e estava ali para trabalhar. Mas isso, não se faz. É uma coisa muito fútil e não sei o que se passa na cabeça desse homens para brigarem desse jeito.”