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Polícia

06/08/2019 13:10

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MPE suspeita de mentiras e proteção para policial que matou bioquímico em cinema

Na denúncia, o Ministério alega que estranha a demora na confecção do boletim de ocorrência e suspeita que um coronel tenha alterado os fatos

O MPE (Ministério Público Estadual) solicitou a instauração de IPM no processo do policial militar Dijavan Batista dos Santos, 37 anos, suspeito de matar o bioquímico Julio Cesar Cerveira Filho dentro de uma sala de cinema em um shopping de Dourados (MS), no dia 8 de julho. O IPM é a apuração sumária do fato, que nos termos legais configure crime militar, e de sua autoria.

A denúncia pede a investigação de uma suposta ‘proteção’ criada para o acusado não responder pelo crime. “Há fontes seguras que, o Ten.Cel. Carlos da Silva comandante do 3° BPM, uma vez que se tratava de um policial militar envolvido em um assassinato de grande repercussão e repúdio social, para tanto invocou a responsabilidade da ocorrência policial militar para si, assim como, todos os seus procedimentos de autuação, uma vez que, é amigo pessoal do Cb PM Dijavan", diz a denúncia.

"Há informações que em razão de sua patente de coronel e por ser comandante do 3° BPM, determinou os PMs que alterassem o histórico da ocorrência policial, assim como, os policiais foram orientados no sentido de inserir declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita no Boletim de Ocorrência Militar”, complementa.

No documento juntado no processo, o MPE afirma que estranha as ligações feitas por Dijavan para a Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, quando ameaçava deixar o local do crime. “Não resta dúvida que, o delegado Rodolfo Daltro se baseou preliminarmente nas informações colhidas da Ocorrência Policial da PMMS escrita e engendrada pelo Ten. Cel. Carlos da Silva. Assim como, o suposto autor foi orientado a sustentar a mesma história fantasiosa criada pelo comandante do 3° BPM”.

Conforme o documento, o Tenente Coronel Carlos da Silva já teria sido condenado pela prática de alterar ocorrências policiais.  

O caso

Julio Cesar Cerveira foi baleado e morreu dentro de uma das salas de cinema do Shopping Avenida Center, em Dourados. O local estava lotado, cheio de crianças, que assistiam a um filme. Djavan e a vítima teriam se desentendido por causa de uma cadeira. Em seguida, o policial efetuou os disparos.

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