“Não sei se é pecado. O dinheiro não era de Deus”, afirmou David Alencar dos Santos, 27 anos, que foi preso na tarde de ontem (25), durante a tentativa de roubo do malote da Igreja Perpetuo Socorro, na avenida Afonso Pena em Campo Grande. Ele foi apresentado nesta sexta-feira (26), na Derf ( Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), com mais dois envolvidos.
David estava com o Antônio Moreno Morales, 34 anos, próximo da igreja aguardando a ligação do Vivaldo Lima dos Santos, 48 anos. Conforme o delegado titular da Derf, Luís Alberto Ojeda, Vivaldo conhece um interno do Presídio de Segurança Máxima e avisou do movimento de dinheiro que os fiéis deixam no dízimo das novenas que ocorre todas as quarta-feira. “ O crime foi encomendado de dentro do presídio. Uma mulher que trabalha em uma empresa terceirizada que presta serviço para a igreja foi visitar o irmão que está preso por roubo e disse a igreja tem muito movimento de fiéis e arrecadam muito dinheiro”.
David está preso na Derf. Foto: Deivid Correia.
O interno do Presídio de Segurança Máxima entrou em contato com Vivaldo e encomendou o crime de roubo do malote. Vivaldo ofereceu R$ 10 mil para uma mulher que trabalha dentro da igreja para repassar as informações do trajeto do funcionário que iria fazer o transporte do malote de dinheiro.
A funcionária achou estranha a atitude do Vivaldo e informou a administração da igreja. Eles acionaram a polícia. Vivaldo foi preso na esquina da igreja na avenida Afonso Pena no momento em que estava observando o funcionário com o malote.
Vivaldo e Antonio são evadidos do semi-aberto. David, possui passagens de furto e roubo. Dentro do veículo que estava Antonio e Daivid foi apreendido uma arma garrucha calibre 28, que pertence ao Vivaldo.
Vivaldo, David e Antônio foram presos próximo da igreja. Foto: Deivid Correia
Antonio, Vivaldo e David, vão responder pelo crime de roubo na forma tentada e associação criminosa. A mulher, que é irmã do detento, também está sendo investigada. O detento foi identificado pela polícia e deve responder por mais um crime de associação criminosa.