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Polícia

13/11/2015 19:00

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Nova decisão concede liberdade à Giroto e ex-chefe da Agesul

A justiça decidiu liberar Edson Giroto e Maria Wilma Casanova Rosa, após ambos prestarem depoimentos à força-tarefa do Ministério Público, e a dupla ‘escapou’ de passar o final de semana presa em celas de delegacias. A decisão foi assinada nesta sexta-feira (13) pelo juiz Carlos Alberto Garcete, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Desde terça-feira (10), o ex-secretário do Ministério dos Transportes, ex-secretário de Estado de Obras e ex-candidato a prefeito de Campo Grande e a ex-diretora da Agesul (Agência Estadual de Gestão Empreendimentos) foram presos, soltos e presos novamente pela Polícia Civil.

Eles chegaram a conseguir habeas corpus, que foi revogado. Porém, desta vez, foi determinado o fim da prisão temporária, que valeria até o fim da noite de sábado (14).

"Foi pedida a liberdade porque todos já prestaram depoimentos e eles foram os últimos", confirmouo advogado Jail Azambuja. Segundo a decisão, como os dois já foram ouvidos, podem ficar soltos. "Se a prisão é para prestar os depoimentos e que não seja de forma combinada, então foi cumprido isso", informou o advogado, que atua na defesa de Giroto e de Maria Wilma.

Esquema

Giroto e mais sete pessoas foram presas nesta semana por suposto envolvimento em fraude de licitações de obras públicas no estado, referentes ao período do governo de André Puccinelli (PMDB). A investigação encontrou irregularidades na obra da rodovia MS-228, cujo contrato de recuperação estava nas mãos da Proteco.

A empresa, do empresário pivô da operação Lama Asfáltica, João Amorim, venceu a licitação da obra, avaliada em R$ 6.875.040,63 para recuperar o trecho da rodovia, entre os quilômetros 35 e 77, no município de Corumbá. A licitação foi fechada no último ano da gestão do ex-governador André Puccinelli, do PMDB, em 2014, e foi assinada por Maria Wilma Casanova Rosa, responsável pela Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).

Na terça-feira, foram presos, além de Giroto, o empresário João Amorim, Maria Wilma, Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Elza Cristina Araújo dos Santos (sócia de Amorim, também investigada pela Lama Asfáltica), Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira. As prisões são temporárias, de cinco dias podendo ser renovadas por mais cinco, e o objetivo é que os investigados não interfiram nos processos.

Na madrugada de quarta-feira, o advogado de Giroto, Valeriano Fontura, conseguiu Habeas Corpus para o ex-secretário e para Maria Wilma. Ainda assim, o desembargador Dorival Moreira dos Santos cassou o pedido e Giroto se apresentou novamente à sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) na manhã de quinta-feira, 12.

Fontura culpa a gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) pela prisão do ex-secretário, criticando, indiretamente, uma 'perseguição política'. O advogado culpou o atual secretário de Estado de Infraestrutura do governo de Azambuja, Ednei Marcelo Miglioli, por iniciar o processo que resultou na prisão. Giroto permanece em cela simples e sem nenhum tipo de conforto, usando um cano de água como ‘chuveiro’.

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