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Polícia

Novas denúncias complicam situação de professor denunciado por estupro

23 outubro 2015 - 18h54Por Mariana Anunciação

Após a suspeita de um educador ter abusado de uma criança de cinco anos na Escola Municipal Professora Maria Tereza Rodrigues, no Jardim Santa Emília, ter chocado a população de Campo Grande, novas denúncias surgiram contra o professor de educação física, de 29 anos, que foi preso em flagrante. A polícia não descarta que novos casos ainda apareçam no decorrer do processo.

Com a divulgação na mídia sobre o crime, ocorrido na terça-feira (20), começaram a surgir outras histórias de supostos abusos. “Já confirmamos mais dois boletins de ocorrência, uma mãe denunciou agora, após repercussão na mídia. É da mesma escola e a criança também tem 5 anos. O outro caso foi no mês de julho deste ano, em outra instituição municipal, no Jardim Tijuca. A vítima foi um menino de 9 anos de idade”, revelou o delegado Paulo Sergio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializado de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Ao ser questionado o motivo do suspeito não ter sido flagrado anteriormente, e do fato das investigações não terem avançado, o delegado informou que faltavam provas nos outros casos. Por exemplo, na ocorrência anterior, a mãe não sabia nem identificar o professor que, provavelmente, teria cometido o ato, e disse apenas suspeitar do caso.

Dessa vez, o pai do menino foi à escola na tarde do mesmo dia em que ele disse que teria sido abusado. Ao tirar satisfações, o pai acionou a Polícia Militar, que iniciou as diligências e a Polícia Civil também entrou em ação. O professor acabou sendo preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável, na sua residência no Bairro Dom Antônio Barbosa e permanece preso até o julgamento.

Denúncias

O delegado já tinha explicado que em “em crimes de abuso, a palavra da vítima se apresenta como uma das poucas provas possíveis ao inquérito policial, considerando que se trata de crime praticado às escondidas e raramente testemunhado por alguém”, agora, as novas denúncias legitimam a versão da criança ouvida. Além disso, há aumento de pena para cada crime cometido, portanto, é importante denunciar à polícia.

“No momento, estamos apurando o inquérito e vamos confirmar os fatos para verificar os detalhes, por exemplo, se as duas crianças eram da mesma sala de aula. Com a divulgação, é possível surgir novos casos contra o professor, não podemos afirmar nada, mas não descartamos que surjam novas denúncias”, disse o delegado.

Além do celular que já tinha sido apreendido, na tarde de ontem (22), a equipe também levou o notebook do professor para a perícia técnica. Apesar do menino ter contado que o homem teria tirado fotos íntimas dele, ainda nada foi encontrado. Lauretto contou que, geralmente, o laudo leva cerca de 10 dias, mas deverá atrasar por conta das demandas, inclusive as recentes investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no âmbito político.