O presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), Júlio Cesar Souza Rodrigues, garantiu que vai acionar a Comissão de Direitos Humanos para apurar, com rigor e isenção, a conduta dos guardas municipais que prenderam um Polícia Militar na última semana.
Em nota, Rodrigues afirma que irá pedir urgência nas investigações. “Vamos abrir um procedimento para apurar com rigor e imparcialidade este caso”.
Os representantes da ASC (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros do Mato Grosso do Sul) querem que os agentes sejam denunciados por tortura, lesão corporal e constrangimento ilegal. Também foi solicitado ao MPE (Ministério Publico Estadual) o acompanhamento do caso e a denuncia de todos os guardas envolvidos na ação.
O caso
Segundo relatos do policial, ele teria sido abordado pelos guardas, que buscavam por drogas e armas, próximo a Orla Ferroviária. Ele diz ter se identificado como PM e alertado os agentes sobre as abordagens realizadas ali. Quando voltou da Feira Central, onde havia ido acompanhado de um amigo, cerca de 20 guardas municipais teriam "atacado e derrubado" o policial no chão. Ele chegou a ficar inconsciente e foi levado pelos agentes para a Delegacia, sendo acusado de ameaça e desacato.
Já os representante da guarda alegam que foram desacatados e que o policial sacou a arma durante a abordagem.