Após a morte do bebê de oito meses, no último sábado (17), no bairro Santa Felicidade, a polícia aguarda o laudo pericial oficial para constatar se houve realmente agressão por parte de algum dos membros da família. Aparentemente, a criança teria sofrido da síndrome do bebê sacudido, ou seja, alguém poderia ter sido responsável por sua morte.
Segundo a delegada responsável pelo caso Regina Mota, da Delegacia Especializa de Proteção da Criança e do Adolescente (DEPCA), o menino residia com a mãe e o padrasto, e estava sob o cuidado dele. O padrasto teria contato que ao verificar que a criança estava desacordada, a levou até o hospital.
No início, a família ficou bastante abalada. A mãe de 23 anos, que está grávida de três meses já deu depoimento, mas se contradizia sobre o que teria ocorrido com a criança. O laudo preliminar hospitalar apontou que o menino teria sido violentamente sacudido, o que causou traumas cerebrais, indicando a tal síndrome.
Ao que tudo indica, a suspeita gira em torno do padrasto, o mesmo que socorreu seria o responsável pela morte da criança. No entanto, a delegada informou que não dará maiores detalhes enquanto não colher provas suficientes para poder acusá-lo formalmente, já que ainda falta ouvir os envolvidos no caso.
Agora, a delegada aguarda o resultado do laudo do exame de corpo de delito realizado no Intiuto Médico Odontológico Legal (Imol), para confirmar se houve realmente a agressão contra a criança. Com isso, será necessário juntar com os depoimentos colhidos e confrontar as informações.
Síndrome do Bebê Sacudido - A cabeça de um bebê pode pesar mais que uma parte de seu peso total, e como os músculos do pescoço ainda são muito fracos, se o bebê for chacoalhado violentamente, sua cabeça irá ser jogada de um lado para o outro, sem controle.
Pesquisas médicas apontam que o impacto pode ser 30 vezes mais forte do que a gravidade e causar um dano permanente ou fatal. Como os danos são internos, sinais de perigo podem se passar despercebidos, até que seja muito tarde.