Menu
quinta, 28 de março de 2024 Campo Grande/MS
MULHER GOV MS
Polícia

Pai passou na casa horas antes de bebê ser morta afogada pela mãe

23 junho 2021 - 19h00Por Nathalia Pelzl e Willian Leite

O pai da bebê de 5 meses, morta afogada pela mãe de 21 anos, passou para ver a filha horas antes do crime acontecer, nesta terça-feira (22), na Vila Bandeirante, em Campo Grande. 

Em depoimento, conforme apurado pelo TopMídiaNews, ele informou que, por volta da 8h, foi até a casa para ver a criança, mas o portão estava trancado, com o cadeado para dentro. 

Ainda em depoimento, ele contou que, após chamar várias vezes, escutou a criança chorando dentro da casa, mas ninguém saiu para atendê-lo e, por isso, foi embora.

Além disso, vizinho e dono do imóvel onde a mulher matou a criança, idoso de 63 anos relatou aos policiais que ouviu o chuveiro ligado das 10h às 14h, desta terça-feira (22).

Conforme informações do idoso, por volta das 10h ele saiu de casa e escutou que o chuveiro da casa da mulher estava ligado e, quando retornou, por volta das 14h, percebeu que o chuveiro ainda continuava ligado. 

Ele contou que desligou o registro geral da água, momento em que escutou a criança chorando ainda neste horário.

Depoimento mãe

O depoimento da mãe de 21 anos que matou a filha de cinco meses afogada é chocante. Apesar da fala desconexa, ela admite que torturou a pequena e que estava alucinando há muito tempo.

Melany foi assassinada em uma quitinete, nesta terça-feira (22), na Vila Bandeirantes, em Campo Grande. A mãe confessou o crime e foi presa em flagrante após ser levada para a UPA Leblon por amigas, que desconfiaram da falta de resposta da criança.

Para a polícia, a mãe disse que levou Melany ao pediatra quando ela tinha três meses. Segundo ela, o médico receitou uma pomada porque a bebê tinha o canal vaginal fechado. Sem dinheiro para comprar o medicamento, ela diz que usou um palito de dente para realizar o procedimento.

A mulher, que é usuária de drogas, alega que matou a filha porque ela tinha um chip da besta na testa. Ela argumenta que o chip foi implantado através de uma vacina aplicada na maternidade e teve certeza disso porque viu um sinal da cruz no bairro Guanandi.

Sobre os crimes, ela nega as acusações de estupro, mas dá detalhes sobre a morte da criança, afogada em um cano de água no banheiro. Depois da ação, ela relata que tentou fazer respiração boca a boca, mas já era tarde demais, então deitou com a filha na cama.

Mais tarde, saiu para visitar uma amiga, que percebeu algo estranho e levou as duas para o posto de saúde, onde os médicos e servidores da saúde identificaram os crimes e acionaram a polícia.

A mulher foi autuada por homicídio doloso e estupro de vulnerável.