Homem de 32 anos, preso por acorrentar a filha de 12 anos, pode responder por tortura, caso seja comprovado que as agressões eram recorrentes.
O caso aconteceu no último sábado (4), no bairro Coophavila II, em Campo Grande.
As informações são da delegada responsável pelo caso, Franciele Candotti Santana, da Depca (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente).
Segundo ela, a corrente foi mandada para perícia para ver se há sinais de sangue.
Dentro da investigação, ainda segundo Francielli, caso seja comprovada à recorrência das agressões, o caso passará a ser tratado como tortura e não mais como lesão corporal e maus-tratos.
Na ocasião da prisão, o homem procurou a delegacia e contou que acorrentou a filha para evitar que ela se encontrasse com o namorado, também menor de idade, no bairro Santa Emília.
O pai ainda chegou a dizer que a medida foi adotada, pois a menina estava fugindo de casa constantemente. Conforme o registro da ocorrência, a menina teria dito para o pai que estava grávida.
Já na delegacia, a menina, junto com o pai, foi questionada se sofria agressões com frequência. Ela disse que sim e foi notado hematomas na altura do braço direito, perna lado direito e perna lado esquerdo.
Agora, o próximo passo é ouvir os irmãos da menina e a mãe. Caso seja comprovado as agressões, a mulher pode responder por omissão.
Em contrapartida, a mãe da menina, uma diarista de 43 anos, conversou com à imprensa e diz que não aguenta mais a menina e que já tinha a intenção de entregá-la ao Estado, pois a filha mente e estaria até mesmo envolvida em roubos e furtos.