O advogado do ex-deputado federal Edson Giroto e da ex-diretora da Agesul (Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos), Maria Wilma Casanova Rosa, Valeriano Fontoura afirmou ao TopMídiaNews que já está se deslocando até o Ministério Público Estadual para protocolar uma petição inicial solicitando que seus clientes sejam ouvidos ainda hoje.
De acordo com Valeriano, o objetivo é acelerar as oitivas realizadas pelo MPE, evitando assim que Giroto e Wilma voltem para 'atrás das grades', já que ambos foram soltos da sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), no último sábado (14), após conseguir um Habeas Corpus.
Questionado sobre o tempo para obter uma resposta após protocolar o documento, o advogado explica que depende das demandas do MPE. "Eu pretendo entrar com a documentação na tentativa de fazer com que eles sejam ouvidos ainda hoje, mas tudo depende do MPE, não faço ideia do tempo que pode demorar para obter uma resposta".
Sobre a saída de Giroto da sede do Garras, Valeriano diz que "não se lembra se ele foi ou não recepcionado por familiares" após conseguir liberdade.
As prisões foram decretadas após força-tarefa do MPE (Ministério Público Estadual) que se baseou em auditoria realizada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e divulgada pelo TopMídiaNews há um mês que apontou irregularidades na MS-171.
Segundo a investigação, a Proteco Construções Ltda foi contratada para realizar cerca de 95 m³ de cascalhamento na rodovia, porém menos de 22 m³ foram realizados. Em outro trecho, a empresa deveria realizar 90 quilômetros de cascalhamento, mas só executou 63 deles. Neste caso, a medição foi de R$ 4,5 milhões, mas a empresa só deveria receber R$ 1,8 milhões, logo, o prejuízo chega a R$ 2,6 milhões.