A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a segunda fase da 'Operação Porteira Aberta'.
A operação conta com o apoio do MPF (Ministério Público Federal) e visa combater um esquema de pagamento de propinas a servidores públicos de fiscalização sanitária federal da JBS, para emitirem certificados sanitários sem terem de fato fiscalizado/inspecionado o abate de animais no local.
São 15 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso Sul, Goiás, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso e Santa Catarina.
O pagamento de propina vinha ocorrendo nas unidades da empresa situadas em Campo Grande, Cassilândia e Ponta Porã.
Porteira Aberta
A operação foi denominada 'Porteira Aberta', tendo em vista a ausência de controle dos animais e falta de inspeção dos fiscais sanitários, que permitia que o gado fosse abatido indiscriminadamente, sem qualquer empecilho.
De acordo com a nota emitida pela Polícia Federal, são alvos da operação os fiscais federais agropecuários e os médicos veterinários conveniados ao SIF que atuavam na fiscalização das plantas industriais da empresa localizadas nos referidos municípios.
Os investigados irão responder por corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa, podendo pegar até 20 anos de prisão.