A Polícia Federal divulgou o balanço da Operação 'Finis Actiones', onde o objetivo era desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando e que usava Mato Grosso do Sul como rota. Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no estado e no Mato Grosso.

Foram apreendidos: 19 celulares, um notebook, um rádio, 10 veículos, 5 caixas de cigarro, 124 pneus, 2 bolas de pneu, documentos, 28 munições de calibre .380, uma pistola de calibre .380 e R$ 3,6 mil em dinheiro.

Além disso, a PF sequestrou uma residência e uma pessoa foi presa em flagrante por estar portando um revólver e não ter posse.

A investigação apurou que o grupo atuava desde a internalização das mercadorias pela fronteira com Pedro Juan Caballero até a entrega da carga para distribuição local, utilizando entrepostos logísticos estrategicamente instalados nas cidades sul-mato-grossenses de Ponta Porã, Dourados e Nova Alvorada do Sul. A partir desses pontos, as cargas eram transportadas por rodovias para Rondonópolis e Cuiabá.

As apurações indicam que a organização criminosa operava em formato de "negócio familiar", tendo como líder um indivíduo cuja companheira atuava no apoio logístico e, ocasionalmente, como batedora de cargas. Os bens adquiridos com os recursos ilícitos eram ocultados em nome da genitora do líder, que também mantinha conta bancária para movimentação financeira do grupo. Já o genitor do líder atuava como gerente de uma loja registrada em nome de sua companheira, utilizada como entreposto da organização e para dissimular a origem da renda.

No escalão operacional, o grupo contava com motoristas e batedores, responsáveis por atravessar a fronteira com as cargas e transportá-las até a cidade de Dourados, onde eram armazenadas antes de serem distribuídas para outros pontos da rede criminosa.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, contrabando e lavagem de dinheiro.