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Polícia

Comandante do Choque crava: 'se tiver crime, não importa aglomeração, tem que intervir'

Em Paraisópolis, pancadão acabou com mortos e polêmica tomou conta do País

02 dezembro 2019 - 19h00Por Thiago de Souza

Campo Grande não tem os gigantescos bailes funks de rua como os da favela de Paraisópolis, em São Paulo. No entanto, há pontos de algazarra de jovens na rua Trindade, que terminam em confronto com a Polícia Militar. Os episódios de dispersão sempre geram polêmica na cidade e acusações de abuso de poder.    

O TopMídiaNews ouviu dois policiais que atuam diretamente nas ruas da Capital, ambos de alta patente, para saber se as críticas feitas à polícia paulista são justas, no caso da intervenção que terminou com nove pessoas mortas pisoteadas na madrugada de domingo (1º).

Choque

O comandante do Batalhão de Choque da PM, tenente-coronel Pollet, explicou que esse tipo de situação é complexa. Ele não comenta a ocorrência em São Paulo, pois não tem os detalhes, mas já conteve situações de bailes funks na Orla Morena.

''Esses eventos são ilegais, não tem condições adequadas. Na Orla Morena tinha situações de coma alcoólico, drogas, abuso de menores. O estado não pode tolerar isso'', destaca.

Pollet destaca as ocorrências de encontro de jovens nos bares perto da UFMS. Ele diz que é preciso intervir quando o trânsito é interrompido pelos baderneiros e quando o sossego da vizinhança é prejudicado.

''A polícia atua e, em último caso o Choque vai e dispersa usado agentes químicos...Se a polícia deixar de atuar porque tem muita gente vira um caos. É inconcebível fazer isso'', explica.

Oficial

Membro de um Batalhão da PM que atua na região sul da Capital diz que o procedimento dos militares é de cautela quando há denúncias de aglomeração irregular.

''Sempre preferimos fazer a prevenção e evitar que essa aglomeração aconteça. Mas tudo depende da ocorrência. Prevenir é melhor, porque se você faz uma intervenção pode ocorrer problemas. Às vezes é preciso recuar para evitar situações como essa'', explicou o oficial.

Batalhões como o do oficial citado são os ''primeiros interventores'' em uma ocorrência mais complexa como essa. Por isso cabe a eles fazer uma orientação e negociação. Porém, não sendo possível, a ocorrência é passada para um batalhão especializado, como o Choque, por exemplo.

No entanto, o policial faz uma ressalva.

''Se a gente estiver sendo atacado, é preciso reagir'', conclui.

PM atua na rua Trindade para evitar fechamento de rua. (Foto: Repórter Top)