A Polícia Civil informou que a hipótese prelimitar é homicídio sobre a morte de Francisco Paulino Martins, de 48 anos. Ele foi encontrado agonizando por sua mulher, por volta das 5h40 desta quarta-feira (26), nos fundos da Casa de Carnes Vitória, que fica na Avenida Albert Sabin esquina com a Rua Califórnia, no Bairro Caiçara, em Campo Grande.
As investigações apontam que um funcionário teria chegado para trabalhar, quando não foi atendido pelo comerciante, como de costume. A esposa da vítima, Rosimeire Pereira da Silva, que residia com Francisco nos fundos do estabelecimento comercial, estranhou o fato e foi procurá-lo no açougue. Na versão apresentada pela mulher, ela encontrou Francisco agonizando e juntamente com o funcionário, ainda tentaram socorrê-lo. Mas quando os bombeiros chegaram ao local, ele teria falecido vítima de uma facada na região do pescoço.
A princípio, de acordo com o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Piratininga, Carlos Delano, as imagens das oito câmeras de segurança, tanto externas como internas, foram avaliadas nesta manhã e não registraram nenhum suspeito até o momento, mas elas foram apreendidas.
“Vamos fazer uma análise minuciosa nessas imagens que devem contribuir com a investigação, apesar de nada ter sido apontado até agora. Com o laudo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e os produtos apreendidos como celulares da vítima, a suposta arma do crime (faca) e algumas roupas encontradas, tentaremos colher informações que contribuirão para o desfecho do caso”, destacou o delegado.
A linha de investigação é homicídio, mas o delegado informou que outras hipóteses não podem ser descartadas, como suicídio ou acidente. “Só posso dizer que não é latrocínio (morte seguida de roubo) porque nada foi levado. É difícil ser acidente, mas estamos apurando tudo”, explicou Delano.
Muito abalado, o filho da vítima, Tiago da Silva Martins, de 24 anos, que trabalhava com o pai, informou não acreditar na hipótese de suicídio e contou que Francisco não teria desafetos. “Dívidas ele tinha, mas estavam sendo pagas normalmente. Não há motivos para desconfiarmos de alguém. O caso está na mão da Justiça”, disse.
O jovem revelou ainda, que a criminalidade na região não era alta e o estabelecimento comercial está no local há 2 anos. Tanto é que vizinhos e curiosos lotaram a rua com o sentimento de surpresa, durante os trabalhos.