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Polícia Federal prende trio que incendiou caixa eletrônico em Campo Grande

07 outubro 2015 - 13h00Por Mariana Anunciação

A Polícia Federal realizou, na manhã de hoje (7), a "Operação Caixa de Fogo" para prender três homens que fizeram duas vítimas quase caírem no golpe do "falso depósito", incendiando o caixa eletrônico da Agência do Aero Rancho, da Caixa Econômica Federal, em Campo Grande. Um homem de 29 anos, os outros dois, pai de 49 e filho de 26 anos, foram presos em suas residências no Distrito de Indubrasil e no Bairro Aero Rancho,na Capital, durante a Operação.

O crime ocorreu no dia 17 de maio e a Polícia Federal entrou em ação por se tratar de dependências de uma empresa federal. “A princípio, pensamos que poderia ser um ato de vandalimo, mas ao investigarmos, verificamos as imagens do circuito interno de segurança e percebemos que seria um golpe mais elaborado”, contou o delegado responsável pela Operação, Marcelo Alexandrino de Oliveira.

O incêndio não foi capaz de destruir todo o conteúdo do caixa, apesar de parte da Agência ter ficado queimada e interditada por uma semana para obras. Os bandidos depositaram no dia 16 de maio seis envelopes vazios no caixa eletrônico, simulando o total de R$ 16.400,00. No domingo, o filho voltou para atear fogo, acreditando na destruição dos envelopes. A intenção era fingir que depositaram dinheiro a mais para receber tanto o veículo negociado anteriormente, como parte do dinheiro das vítimas, que deveriam ser indenizadas pela Agência.

A quadrilha encontrava-se em liberdade condicional, pai e filho foram condenados por tráfico de entorpecentes e estavam livres há pouco tempo, enquanto o outro cumpriu pena por roubo à mão armada e saiu em 2014. “Dentro da cadeia eles tiveram bastante tempo para articular o golpe, foi bem elaborado. Mas passaram do limite do estelionato, porque eles cometeram o incêndio, colocando a vida de terceiros em risco, dos vizinhos. Dessa vez, eles não terão a mesma chance”, destacou o delegado Marcelo.

No momento, o trio está sendo autuado na PF e será encaminhado para a penitenciária estadual. Serão autuados por estelionato qualificado , incêndio qualificado e associação criminosa, somando a pena total de 18 anos de reclusão. “Que essa divulgação sirva de alerta à sociedade, para que as vítimas não caiam no golpe do falso depósito, que já é conhecido. Com o fim dessa investigação, vamos colaborar a com a Polícia Civil para verificarmos o envolvimento deles em outros crimes”, destacou o delegado da Delegacia Regional de Crime Organizado (DRCOR), Cléo Mazzoti.