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Polícia

Policiais deixam prefeitura com calhamaço de documentos e sem dar detalhes de operação

Quatro pessoas foram presas, entre elas um servidor público de carreira, empresário, secretário da administração municipal e um vereador

31 outubro 2018 - 11h11Por Dourados News

Policiais que cumpriram mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (31/10) na Secretaria Municipal de Fazenda e no Departamento de Licitação da prefeitura, no CAM (Centro Administrativo Municipal), deixaram o local com calhamaço de documentos que serão usados nas investigações da Operação Pregão, que apura suposta fraude em licitação.

O promotor Ricardo Rotunno, da 16ª promotoria de Justiça de Dourados, deixou o local sem se aprofundar no assunto. Segundo ele, as ações foram realizadas com sucesso.

Quatro pessoas foram presas, entre elas um servidor público de carreira, empresário, secretário da administração municipal e um vereador, porém, os nomes não foram divulgados pelo MPE (Ministério Público Estadual).

Outros 16 mandados de busca e apreensão acabaram cumpridos na Operação.

O Dourados News apurou que policiais estiveram pela manhã nas casas da vereadora Denize Portollann (PR), que atuou como secretária Municipal de Educação no ano passado e de João Fava, secretário de Fazenda, porém, o MP não confirma o nome deles entre os presos.

A empresa Energia, contratada pela prefeitura por quase R$ 2 milhões em 2017 para fornecer merendeiras mediante dispensa de licitação, também foi alvo de devassa por parte da força-tarefa que atua na operação.

Operação Pregão

De acordo com nota encaminhada pelo Ministério Público Estadual, a Operação Pregão apura supostos crimes de fraude em licitação, dispensa indevida de licitação, falsificação de documentos, advocacia administrativa, além do crime conta a ordem financeira, notadamente em razão de fraudes em licitações e contratos públicos, praticados, em tese, durante a atual gestão municipal.

A ação é encabeçada pela 16ª Promotoria de Justiça local e conta com apoio de outras promotorias do órgão, além de policiais do Gecoc (Grupo Especializado no Combate à Corrupção), Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) e DOF (Departamento de Operações de Fronteira), além da Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira).

O nome “Pregão”, refere-se à modalidade de procedimento licitatório mais utilizada pelos investigados em sua atuação.

No total, participaram da operação 13 equipes, compostas por aproximadamente 75 policiais militares, civis e servidores, além de seis promotores de Justiça de Dourados e Campo Grande.