Palco de brigas e até morte, escolas e terminais de ônibus da Capital aguardam por mais segurança. Devido a gravidade dos problemas, o tema foi discutido em audiência pública da Câmara Municipal da tarde desta quinta-feira (9), que contou com a presença de autoridades políticas e policiais.
O projeto do promotor de justiça Sérgio Harfouche, em que o aluno é obrigado a reparar os danos provocados no ambiente escolar, foi um dos mais aplaudidos e apoiados. “Se o aluno riscou uma parede ou carteira, deve ser responsabilizado com a limpeza do que fez”, explicou.
Em relação a atuação da Guarda Municipal nas escolas, o secretário de segurança municipal, Valério Azambuja, afirma que todo o trabalho necessário está sendo feito para evitar qualquer crime fora do ambiente escolar e dentro dos terminais. “O papel da guarda dentro da escola está sendo cumprido. O problema está na raiz, dentro de casa, não cabe ao professor educar”.
Seguindo o mesmo pensamento, o coronel da Polícia Militar, Deusdete Oliveira Filho, afirmou que só nesse início de ano foram registrados 359 casos de violência doméstica, uma das possíveis explicações para a origem de violência entre os jovens com faixa etária escolar . “Quando há a intervenção da Guarda Municipal e da PM, é porque todos os demais seguimentos do Estado falharam”.
Violência nos terminais – No inicio do mês de março, Luana Braga Vilella, 16 anos, morreu após ser esfaqueada durante uma briga no Terminal Nova Bahia (leia). A motivação seria um envolvimento amoroso.
Ainda em março, um vídeo publicado nas redes sociais mostram duas meninas batendo, chutando e puxando os cabelos de outra jovem, possivelmente no Terminal Julho de Castilho.