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Polícia

25/10/2021 13:00

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Prefeito acusado de agressão nega crime e diz que recebeu lata de cerveja na cara

Mulher diz que foi agredida pelo prefeito; homem alega que estava longe da confusão e ainda foi atingido por lata arremessada contra assessora

O prefeito de Camapuã, Manoel Nery (DEM), foi acusado por uma moradora da cidade de tê-la agredido com um soco no pescoço. A história tem duas versões. A mulher de 34 anos diz que o gestor a agrediu defendendo a assessora. Já Nery afirma que é a vítima, e foi atingido por uma lata de cerveja no rosto, jogada pela mulher, e que estava há cinco metros da  briga generalizada.

No boletim de ocorrência registrado pela moradora, Elizene Corrêa da Silva, 34 anos, diz que estava em um torneio de truco no centro Conviver, no dia 8 de outubro, e por volta das 22h, entrou em discussão com a assessora do prefeito, Keila Cristina Nunes, ex-mulher do seu atual companheiro.

Ela afirma que ficou nervosa e, em dado momento, jogou uma lata de cerveja contra a assessora, e que o líquido caiu em várias pessoas que estavam na mesa, incluindo o gestor. Elizene afirmou, na ocorrência, que o prefeito a agrediu com um soco no pescoço e que a derrubou, não deixando lesão grave.

A mulher diz que teria tido dificuldades em registrar a ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Camapuã, por isso viajou até Campo Grande, onde fez a ocorrência em 13 de outubro, na Casa da Mulher Brasileira.

Versão do prefeito

Em contato com Manoel Nery, ele disse que “não agrediu ninguém, e estava há cinco metros da mulher quando a confusão foi iniciada”. O prefeito afirma que a briga foi iniciada pela moradora por rixa pessoal com sua assessora, ex-mulher do atual companheiro de Elizene.

Nery destacou que a briga generalizada não ocorreu pelo torneio de truco e sim pela briga “envolvendo as mulheres”. Ele diz que estava sentado quando as duas iniciaram a discussão, e que a assessora tinha virado as costas para ir embora quando Elizene tacou a lata de cerveja para acertar na assessora, mas acabou acertando em seu rosto.

Ele garante que não teve contato com Elizene. Também alega que as duas entraram em luta corporal e outras pessoas que estavam ao redor tentaram separar a briga. 

“Teve uma briga das duas mulheres em discussão inicialmente. Minha assessora virou e deu as costas. E a menina jogou a lata de cerveja, mas não acertou na assessora. Acertou no meu rosto, no olho esquerdo, que até ficou roxo. E iniciou uma briga generalizada entre as pessoas que estavam ali. Mas eu não encostei a mão nela, em momento algum. Estava há cinco metros dela. Até admirei dela ter registado o BO. Infelizmente, a única coisa que eu posso afirmar é que: eu não fiz isso. A Polícia vai apurar. Eu não fiz essa agressão. O que me falaram depois foi que ela caiu.”

O gestor diz que procurou a DP depois, e que foi orientado a comparecer na segunda-feira (13), por ser período de feriadão e somente seriam possíveis registos de casos de flagrante. 

“De forma alguma cheguei perto dela. Infelizmente, a vida pública traz esses percalços. Eu tomei uma latada no rosto e agora estou passando por agressor. Não sabemos porque ela não quis registrar ocorrência aqui. Acredito que ela não passou pela Delegacia porque tem um vereador que é do meu partido que é escrivão de Polícia lá. Mas, isso foi questão dela. Ninguém negou atendimento. Poderia ter ido registrar aqui sem problemas.”

Nery pontuou também que a mulher faz parte de um grupo de oposição e que, por mais que tenha boa relação com o candidato que perdeu eleição, “muitos conhecidos dele, e que possuem amizade, às vezes querem prejudicá-lo.”

O prefeito diz que ficou com olho roxo e diversas marcas pelo corpo. Segundo ele, a assessora não se machucou. 

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