Magno Lopes dos Santos, de 27 anos, se apresentou nesta sexta-feira (25) na 6° Delegacia de Polícia Civil, após o período de flagrante para dar sua versão do crime cometido contra seu amigo de infância Rafael Freitas da Silva, de 29 anos, no Jardim Leblon, em Campo Grande, na última segunda-feira (21).

O rapaz é quem efetuou os disparos contra a vítima na rua Tamoio, logo após ele ter deixado o filho na casa da ex-mulher. Foram pelo menos seis tiros, que atingiram a região do tórax e os dois braços de Rafael, que morreu no local.

O caso está sob a responsabilidade do delegado Camilo Kettenhuber. Ele informou que Magno alegou que estaria temendo pela sua vida por conta de várias ameaças sofridas ao longo dos últimos anos vindas de Rafael Freitas.

"Foi tomando uma dimensão grande, muitas ameaças, inclusive quando ele [Rafael] estava preso", diz o delegado.

Um dos motivos para tais ameaças era por conta da relação de Magno com a ex-mulher, que também era a ex-mulher da vítima. Ambos teriam tido filhos com ela, mas a Rafael não queria que outro homem participasse da criação do seu filho, de 7 anos, e por isso proferiu ameaças contra o amigo de infância e contra a ex-companheira.

Referente a arma, o acusado apresentou ela e também seu registro de CAC (Caçador, Atirador e Colecionador), mas o delegado informou que a arma não poderia estar ali naquele momento. Neste caso, o colecionador só pode carregar sua arma do acervo para o estande de tiros.

Após prestar o depoimento, Magno foi liberado na companhia do seu advogado. Ele deve responder pelo crime de homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima.

O inquérito ainda está sendo desenvolvido, mas Kettenhuber relatou que outras testemunhas serão ouvidas ao longo do trabalho policial.