O mecânico Edson da Silva, de 34 anos, confessou a responsabilidade pela tragédia em Mato Grosso do Sul, que tomou repercussão nacional, porque na manhã do dia 2 de março deste ano, seis pessoas da mesma família morreram devido a um incêndio criminoso em uma distribuidora de bebidas. O local era anexo a uma residência, que fica na Avenida Flávio Derzi, no centro de Coronel Sapucaia, município distante a cerca de 380 quilômetros de Campo Grande.

O incêndio que vitimou inclusive três crianças foi esclarecido nesta segunda-feira (16) pela polícia da região, após reconstituição do crime, que envolveu o principal suspeito, Edson. Os trabalhos começaram, por volta das 13h de ontem, contando com um forte aparato técnico, policiais do Defron, Garras e Polícia Civil.

Durante a ação, de acordo com o site Dourados Agora, o clima foi tenso e os moradores estavam revoltados, já o autor mostrou detalhes de como fez para atear fogo na residência e como as seis pessoas morreram.

Edson, que foi preso em Naviraí, contou que antes de incendiar o local, ele deu uma paulada na cabeça de cada uma das vítimas. Para aumentar ainda mais a indignação da população, ele revelou que nas crianças de nove meses, 10 anos e cinco, ele deu mais de uma paulada.

"Isso não quer dizer que as pauladas mataram essas pessoas. Porém, o que o laudo apontou foi que elas morreram de intoxicação", explicou o perito Amilcar Serra, que veio de Campo Grande especialmente para fazer a reconstituição do crime.

(Foto: Gazeta News)

Motivação

As investigações apontam que o crime teria sido motivado por ciúmes da própria mulher, após uma briga entre o casal. Durante a reconstituição, Edson da Silva estava protegido por um colete a prova de balas, enquanto era agredido verbalmente por populares que foram contidos pelo cordão de isolamento.

Ele mostrou cada local onde jogou o combustível e como deu as pauladas nas seis vitimas.
Para o perito, o suposto autor é bastante frio e não teve ajuda de ninguém para cometer esse crime, considerado bárbaro. "Agora pequenos pontos a serem esclarecidos encerrará de vez o caso", concluiu Amilcar.

No momento, o mecânico permanece preso e deve responder por homicídio. A Polícia Civil está concluindo as investigações, mas a previsão para encerrar o inquérito sobre as seis mortes ainda não foi divulgada.