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Polícia

13/11/2015 19:54

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Reviravolta: Giroto e mais sete investigados em esquema tem nova prisão decretada

Em um fim de tarde e início de noite tumultuada, esta sexta-feira (13) foi marcada por uma breve soltura e nova ordem de prisão de Edson Giroto e Maria Wilma Casanova Rosa. Eles chegaram a conseguir a liberdade no fim da tarde, mas sequer foram soltos, e nova decisão vai manter a dupla nas celas da Polícia Civil de Campo Grande. E ainda, uma nova decisão pode manter oito dos nove investigados bem mais tempo que o esperado nas celas da Polícia Civil.

No fim da tarde, o juiz Carlos Alberto Garcete concedeu a liberdade ao ex-secretário do Ministério dos Transportes, ex-secretário de Estado de Obras e ex-candidato a prefeito de Campo Grande e a ex-diretora da Agesul (Agência Estadual de Gestão Empreendimentos). Giroto e Maria Wilma foram presos, soltos e presos novamente pela Polícia Civil.

Eles foram denunciados por participação em suposta organização criminosa que fraudava obras públicas durante a gestão de André Puccinelli, do PMDB, à frente de Mato Grosso do Sul.

Porém início da noite, foi informado que um novo mandado de prisão foi emitido para os nove investigados. O juiz Carlos Alberto Garcete decretou nova prisão temporária, pelo prazo de cinco dias, dos investigados Edson Giroto, Elza Cristina Araújo dos Santos, João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira.

Apenas Átila Garcia Gomes Tiago de Souza não teve nova prisão decretada.

Os investigados estavam presos desde o dia 10 de novembro e ficariam nesta condição até amanhã, porém depois de todos serem ouvidos, o juiz revogou a prisão temporária daquele processo e decretou as oito novas prisões em outro feito de mesmo teor, envolvendo investigação relativa à licitação que ensejou o contrato pelo qual a empresa Proteco tinha a obrigação de recuperação da estrutura da faixa de rolamento da rodovia MS-171.

Dessa forma, os dois e mais sete permanecem presos em celas da Polícia Civil em Campo Grande.

Esquema
Giroto e mais oito pessoas foram presas nesta semana por suposto envolvimento em fraude de licitações de obras públicas no estado, referentes ao período do governo de André Puccinelli (PMDB). A investigação encontrou irregularidades na obra da rodovia MS-228, cujo contrato de recuperação estava nas mãos da Proteco.


A empresa, do empresário pivô da operação Lama Asfáltica, João Amorim, venceu a licitação da obra, avaliada em R$ 6.875.040,63 para recuperar o trecho da rodovia, entre os quilômetros 35 e 77, no município de Corumbá. A licitação foi fechada no último ano da gestão do ex-governador André Puccinelli, do PMDB, em 2014, e foi assinada por Maria Wilma Casanova Rosa, responsável pela Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul).


Na terça-feira, foram presos, além de Giroto, o empresário João Amorim, Maria Wilma, Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Elza Cristina Araújo dos Santos (sócia de Amorim, também investigada pela Lama Asfáltica), Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira. As prisões são temporárias, de cinco dias podendo ser renovadas por mais cinco, e o objetivo é que os investigados não interfiram nos processos.


Na madrugada de quarta-feira, o advogado de Giroto, Valeriano Fontura, conseguiu Habeas Corpus para o ex-secretário e para Maria Wilma. Ainda assim, o desembargador Dorival Moreira dos Santos cassou o pedido e Giroto se apresentou novamente à sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) na manhã de quinta-feira, 12.


Fontura culpa a gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB) pela prisão do ex-secretário, criticando, indiretamente, uma 'perseguição política'. O advogado culpou o atual secretário de Estado de Infraestrutura do governo de Azambuja, Ednei Marcelo Miglioli, por iniciar o processo que resultou na prisão. Giroto permanece em cela simples e sem nenhum tipo de conforto, usando um cano de água como ‘chuveiro’.

(atualizado às 20h12 pra acréscimo de informações)

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